Mercado
Alta do milho persiste com foco dos produtores na colheita da safra verão e incertezas sobre a segunda safra
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Os preços do milho seguem em alta na maior parte das regiões monitoradas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), refletindo desafios na colheita da safra verão e incertezas quanto à segunda safra. Levantamentos indicam que os produtores permanecem focados no campo, priorizando a colheita e o escoamento da soja, o que mantém a oferta de milho reduzida no mercado spot.
Segundo pesquisadores do Cepea, há preocupações crescentes com a semeadura da segunda safra, que pode ocorrer fora da janela ideal. Caso isso se confirme, o potencial produtivo pode ser afetado, reduzindo a oferta do cereal no médio prazo. Além disso, compradores continuam tentando recompor estoques, mas enfrentam pedidos elevados dos vendedores e dificuldades na logística, uma vez que os fretes seguem limitados pelo escoamento da soja.
Na semana anterior, encerrada em 10 de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas – SP) já havia ultrapassado os R$ 76/saca de 60 kg, o maior valor registrado desde abril de 2023. O movimento de alta foi impulsionado pela retração dos vendedores, que aguardavam novas valorizações, e pelos custos logísticos elevados.
De acordo com o Cepea, a tendência de preços ainda dependerá do ritmo da colheita e da evolução da segunda safra, cujo plantio enfrenta incertezas climáticas e operacionais.