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Cana-de-açúcar: entidades lançam relatório com condições de colheita e clima

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Entidades representantes do setor sucroenergético se reúnem e desenvolvem relatório mensal com condições de colheita e clima
O documento, que tem periodicidade mensal, traz uma síntese das condições de colheita e do monitoramento agroclimático na região produtora de cana-de-açúcar no Centro-Sul do país. Os indicadores incorporam uma análise detalhada das principais variáveis agronômicas e climáticas que impactam a operação e a disponibilidade de matéria-prima.
Fazem parte do projeto, intitulado de Cana Zoom, entidades como a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar);
O CTC (Centro de Tecnologia Canavieira);
O Sistema TempoCampo vinculado à ESALQ/USP e o Linear (Laboratório Integrado de Análise de Dados em Agronegócio e Bioenergia).
“O setor sucroenergético é estratégico para o Brasil no que tange a oferta plena de etanol e açúcar e tem compromissos com diversos países para entrega de contratos”, explica Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA.,
Por isso, esclarece, fundamental ter clareza dos efeitos do clima no desenvolvimento da planta e no andamento da colheita é essencial para garantir certa previsibilidade. “O Cana Zoom condensa  informações essenciais para o planejamento dos produtores”, conta.
De acordo com Padua, o Cana Zoom reúne especialistas e centros de pesquisa em cada temática para estruturar um amplo relatório sobre as condições da safra canavieira, com gráficos e tabelas comparativas.
Os dados são apresentados de forma condensada da região Centro-Sul e por estado, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Dados apresentados
primeira edição do Cana Zoom  traz a indicação de que o clima seco dos primeiros meses da safra 2020/2021 favoreceu o andamento da colheita. Por outro lado, a falta de chuvas pode reduzir a produtividade da cana que está no campo.
Abaixo, algumas conclusões apresentadas: 

O aproveitamento de tempo em abril e maio ficou acima da média histórica atingindo, respectivamente, 85% e 86% na média do Centro-Sul.

Essa condição garantiu a operacionalização da colheita que avançou 12,3% em relação ao ciclo anterior (a moagem acumulada na safra 2020/2021 até o final da 2ª quinzena de maio totalizou 144,88 milhões de toneladas).

Como resultado do clima mais seco e da maior velocidade da moagem, a área colhida até maio deste ano apresentou crescimento de 11% no comparativo com a safra 2019/2020, alcançando 1,71 milhão de hectares no Centro-Sul.

O melhor aproveitamento de tempo está relacionado ao clima seco observado desde o início desta safra até o final de maio. Em abril, o índice de precipitação pluviométrica ficou em 42 mm (55% abaixo da média histórica). Em maio, o índice atingiu 44 mm (41% inferior à média histórica). São Paulo foi o Estado mais afetado pela seca.

Essa condição climática estimulou a concentração de açúcares na planta. Na safra 2020/2021, o índice de concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar na região Centro-Sul alcançou 126,6, ante 118,6 observados do último ciclo, um crescimento de 6,7%.

O clima mais seco, entretanto, promoveu redução na expectativa produtividade da cana-de-açúcar colhida nos próximos meses.

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