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CerradinhoBio eleva lucro com aumento da produção de etanol e início da fabricação de açúcar na Safra 2024/2025

A moagem de cana-de-açúcar da Cerradinho Bio encerrou a safra 2024/25 com o montante de 4,815 milhões de toneladas.
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A Cerradinho Bioenergia, empresa do setor sucroenergético que produz etanol, açúcar e nutrição animal a partir de matéria-prima renovável, como a cana e o milho, divulgou ao mercado seus resultados da Safra 2024/2025. Um dos destaques foi o aumento de 87,8% do EBITDA consolidado da Companhia, que atingiu R$ 1,134 bilhão, levando a alavancagem medida pela relação dívida líquida/EBITDA de 2,76x para 2,01x ao final da safra. O lucro líquido da empresa chegou a R$ 196,5 milhões, alta de 387,7% em relação à safra anterior.

O resultado foi impulsionado pelo crescimento de 19,3% na produção total de etanol, que atingiu 994 mil m³, com destaque para produção de anidro que foi 29% maior em relação à safra passada, e pela estreia na produção de açúcar VHP, com 141 mil toneladas. A diversificação da receita, a melhora gradual dos preços líquidos do etanol, e a redução de custos, principalmente, do milho, contribuíram para o avanço dos resultados operacionais e financeiros.

“Encerramos a safra 2024/25 com boas notícias do lado operacional e financeiro. Pelo lado operacional, iniciamos a produção de açúcar, um novo componente na receita da empresa, que também agrega positivamente em gestão de riscos. Ainda em relação ao açúcar, já concluímos a segunda fase da fábrica, levando a capacidade de produção para 500 mil toneladas por safra. Também, fechamos 1º ano de operação da nova planta da Neomille em Maracaju-MS, com resultados importantes. Na parte financeira, melhoramos nossos números nas principais linhas do resultado, como EBITDA e lucro líquido, e a liquidez da empresa está  ainda mais robusta após a emissão de debêntures incentivadas no montante de R$ 600 milhões em dezembro de 2024”, disse a companhia em relatório.

A moagem de cana-de-açúcar encerrou a safra 2024/25 com o montante de 4,815 milhões de toneladas, 6,2% menor que a safra anterior, devido a uma forte seca que atingiu a região e afetou a moagem. O ponto positivo foi o início da produção de açúcar, produzindo nesta safra 141 mil toneladas. A segunda fase da fábrica foi concluída no mês
de maio de 2025, e já está operacional. A empresa tem capacidade de produzir com mix de 70%.

Na safra 2024/25 a produtividade agrícola trouxe um recuo de 8,8% frente ao ano anterior, dessa forma o TCH passou de 90,5 para 82,5 t/ha. Esta deterioração é explicada pelos eventos climáticos no ano de 2024 onde ocorreram eventos de seca e incêndios que atingiram a região e afetou o canavial. O TAH (toneladas de ATR por hectare) reduziu em 3,6% frente ao ano anterior, passando de 11,9t para 11,5t ATR/ha.

A moagem de milho foi recorde, atingindo o montante de 1.460 mil toneladas (7,593 milhões de toneladas de cana equivalente) fruto da conclusão da expansão da planta em Goiás e do início das operações em Maracaju. Este aumento se refletiu também nos Coprodutos, com DDG crescendo 63,0% e Óleo 79,9%, em relação à safra anterior. Parte do aumento na produção do óleo é fruto de melhorias no processo industrial, que elevaram o rendimento em 23,3% em relação à safra anterior.

De acordo com a companhia, esta safra trouxe melhores margens dado a redução expressiva do preço do milho em relação à safra passada, somado ainda o aumento de produção de etanol anidro, que possui preço melhor do que o etanol hidratado.

 Além do etanol, a produção de coprodutos também avançou, com destaque para o DDG (alta de 63,0%) e o óleo (crescimento de 79,9%), resultado tanto do aumento da moagem quanto de melhorias no rendimento industrial.

Para o CEO da CerradinhoBio, Renato Pretti, a companhia encerra a safra com ganhos consistentes em diferentes frentes. “Tivemos uma safra marcada por expansão e diversificação. A entrada do açúcar na operação cria uma fonte de receita e amplia nossa flexibilidade para gestão de mercado. A moagem recorde de milho e os ganhos de produtividade industrial também foram fundamentais para o desempenho positivo. Na frente financeira, reduzimos alavancagem, reforçamos a liquidez com a emissão de debêntures incentivadas com prazo de 10 anos e encerramos o ciclo com maior solidez.”

Para a safra 25/26, a continuidade da recuperação dos preços do etanol bem como o maior mix de açúcar deverão nortear os resultados da Companhia. Além disso, a Companhia vem buscando reduzir custo fixo e melhorar sua eficiência operacional. Pelo lado dos investimentos, deveremos observar uma redução após a conclusão da 2ª fase da fábrica do açúcar. Conforme dito anteriormente, a Companhia está preparada para enfrentar os desafios que possam surgir decorrentes de questões geopolíticas observadas atualmente.

Natália Cherubin para RPAnews

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