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Com 8,5 milhões de t de cana, Cocal registra lucro líquido de R$ 394,9 milhões na safra2023/24

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Cocal terá planta de biometano

Com uma alta de 5,2% na moagem de cana-de-açúcar, a Cocal, usina sucroenergética localizada em Paraguaçu Paulista, SP, processou 8,5 milhões de t no acumulado da  safra 2023/24 (9M24) e registrou um  lucro líquido R$ 394,9 milhões, com margem líquida de 19,9%, o que representa alta de 0,8% e redução de 1,5%, respectivamente.

A alta na moagem da companhia se deu pela maior produtividade da cana própria, que chegou a 81,9 t/ha, o que representa uma alta de 7,7%, e ATR de 137,1 kg/t, em linha com o 9M23, contribuindo para o TAH de 11,2 t/ha, aumento de 7,7%. Dos 8,5 milhões de t de cana moídas na temporada 2023/24, 7,73 milhões são cana própria.

“Os melhores desempenhos refletem, sobretudo, os investimentos realizados na renovação e manutenção do canavial
nas safras anteriores, com foco em manejo e aplicação de novas tecnologias, além de melhores condições climáticas no período de desenvolvimento da matéria-prima”, disse a companhia em relatório.

Embora a receita líquida tenha caído 4,3% no terceiro trimestre da safra 2023/24 em relação ao mesmo período da safra anterior, atingindo R$ 616,4 milhões, na temporada 2023/24 a receita líquida atingiu R$ 1.980,8 milhões, uma alta de 8,3%.

De acordo com a companhia e relatório divulgado na última sexta-feira, 23, os fatores levaram ao aumento da receita foram o maior volume de cana processada, o ganho de 7,7% na produtividade de cana própria (TCH), em função dos investimentos realizados no campo e das melhores condições climáticas, a alta do ATR produzido, a elevação do preço do açúcar e, estrategicamente, sua maior participação no mix, e o maior volume e preço na comercialização de energia.

“Com as condições favoráveis no preço do açúcar e sua priorização no mix, a Companhia registrou ganho de 31,9%, alta de R$ 296,1 milhões, com a receita do produto no 9M24 em relação ao apurado no 9M23. Com isso, a receita obtida com a comercialização de açúcar aumentou sua participação na receita total em 11% no período de avaliação, passando de 51% para 62%. Esse desempenho, somado ao aumento de 20,3% na receita obtida com a venda de energia elétrica, mais do
que compensou a diminuição na receita de etanol”, disse a Cocal em relatório.

A receita líquida das vendas de açúcar do terceiro trimestre da safra 2023/24 foi de R$ 389,5 milhões, aumento de 2,8% em relação ao 3T23. A alta de 4,7% no preço médio de comercialização compensou a queda de 1,9% no volume de vendas.
No acumulado de nove meses da safra 2023/24, a receita líquidade açúcar totalizou R$ 1.224,7 milhões, 31,9% superior ao 9M23, com simultâneo aumento do preço médio comercializado, em 14,6%, e do volume de vendas, em 15,1%.

O EBITDA Ajustado da Cocal foi de R$ 1.176,4 milhões, com margem de 59,4%, montante 10,8% superior e ganho de 1,3% na margem. A dívida líquida ajustada da companhia foi de R$ 1.378,5 milhões em 31/12/2023, com índice de alavancagem equivalente a 0,94x (Dívida Líquida Ajustada/EBITDA UDM Ajustado).

Produção de açúcar e etanol

O mix de produção do açúcar foi de 64%, alta de 1% no 9M24, e foram produzidas cerca de 705 mil toneladas do produto no período, aumento de 7,6% ante o volume produzido no 9M23. Assim como na safra anterior, a Companhia manteve a estratégia de direcionar maior participação do açúcar no mix de produção, em função da maior atratividade do preço do produto em detrimento do etanol.

Com o maior volume de moagem, somado ao ganho de produtividade da matéria-prima, o volume total de ATR produzido no 9M24 foi de 1.219 mil toneladas, 6,4% superior ao obtido no mesmo período da safra 2022/23

O volume comercializado de etanol hidratado no 3T24 foi 42,3% superior ao registrado no mesmo trimestre da safra anterior. Ao mesmo tempo, o preço médio de venda teve retração de 39,0%. Isso fez com que a receita obtida com a venda do produto do 3T24 ficasse 13,2% abaixo daquela apurada no 3T23, totalizando R$ 55,7 milhões. No 9M24, a receita líquida de etanol hidratado foi de R$ 152,6 milhões, 35,8% menor, refletindo a redução de 9,5% no volume de vendas e de 29,1% no preço médio de comercialização do período.

A comercialização de etanol anidro gerou receita líquida de R$ 110,4 milhões no 3T24, o que indica contração de 24,6%
em relação ao mesmo trimestre da safra anterior. Também no etanol anidro, o desempenho se deve à simultânea redução do volume comercializado, em 5,3%, e do preço médio das vendas, em 20,4%. As mesmas condições, com diminuição simultânea no volume de vendas (-1,8%) e no preço médio comercializado (-16,7%) explica o desempenho da receita com etanol anidro no período acumulado de nove meses. No 9M24, a receita líquida da venda do produto foi de R$ 371,8 milhões, 18,1% inferior ao 9M23.

Investimentos no canavial e tratos culturais

No 3T24, a Cocal investiu R$ 272,5 milhões, montante 4,6% superior ao investido no mesmo período da safra anterior. No acumulado de nove meses da safra 2023/24, o total do Capex foi de R$ 781,7 milhões, 2,4% superior ao valor investido no mesmo período da safra 2022/23.

O Capex de manutenção dos nove primeiros meses da safra 2023/24, parcela que representa a maior parte dos investimentos realizados, somou R$ 679,2 milhões ou 87,0% do total, e foi 1,7% inferior ao montante realizado no mesmo período da safra anterior. A Cocal revela que manteve o elevado nível de investimento na renovação do canavial (R$ 325.135 milhões) e  e em tratos cana soca (R$ 332.396 milhões), com foco no manejo e aplicação de novas tecnologias direcionadas ao aumento da produtividade agrícola. Em manutenção de entressafra agricola e indústrial, foram gastos pela companhia R$ 21.665 milhões na temporada 2023/24.

“O Capex de melhoria/confiabilidade operacional somou R$ 102,5 milhões no 9M24, montante 42,0% superior ao realizado no mesmo período da safra anterior, mantendo os investimentos de melhoria contínua, em sinergia com o Planejamento Estratégico”, disse a companhia em relatório.

Natália Cherubin para RPAnews

 

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