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Com conjuntura favorável, número de pessoas atuando no agro é o maior desde 2015

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CNA, agro

O número de pessoas atuando no agronegócio brasileiro somou 18,97 milhões de pessoas em 2022, o maior contingente desde 2015, quando totalizava 19,04 milhões de pessoas. Os números são da pesquisa realizada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS.

“Esse resultado evidencia que as ocupações perdidas em 2020 em decorrência dos desdobramentos da pandemia de covid-19 já foram totalmente recuperadas, superando até mesmo os contingentes observados antes da crise sanitária. Ressalta-se que o movimento de recuperação dos postos de trabalho já vinha sendo observado ao longo de 2021 e se consolidou em 2022”, disseram os analistas do Cepea.

Apesar da queda de -2,43% em relação a 2021, o segmento primário, ou seja, o segmento de produção agropecuária, ainda é o que mais emprega, com 8.389.841 de pessoas em 2022. Deste total, a cultura da cana-de-açúcar mostrou uma alta de 1,88%, com  315.102 milhões de pessoas atuando em 2022.

Segundo o Cepea, observaram-se reduções na população ocupada pela agropecuária em 2022, reflexo dos comportamentos das atividades da agricultura e floresta (-4,0% ou de 230 mil pessoas), uma vez que pecuária e pesca apresentaram sutil crescimento no ano (0,7% ou cerca de 21 mil pessoas).

Para a agricultura e floresta, a queda foi influenciada pelas atividades cereais (-5,5% ou 34,94 mil pessoas), fumo (-10,3% ou 27,96 mil pessoas), horticultura (-1,2% ou 7,58 mil pessoas), uva (-37,4% ou 25,10 mil pessoas), café (-5,7% ou 38,27 mil pessoas) e “outras lavouras ” (-12,1%, ou 234,68 mil pessoas), com destaque para cereais, café e “outras lavouras” que possuem grande representatividade dentro do segmento.

A expansão do segmento agroindustrial esteve atrelada tanto às indústrias do ramo agrícola quanto pecuário. No primeiro grupo, apenas as indústrias do etanol, açúcar e  têxteis apresentaram quedas. Ainda segundo a pesquisa, em geral, houve a continuidade da retomada da produção dessas atividades, após queda acentuada em 2020.

“Vale lembrar que o agronegócio nacional vivenciou uma boa conjuntura de meados de 2020 a 2021, o que influenciou positivamente a geração de empregos. Em 2022, o agronegócio brasileiro conseguiu avançar em termos de faturamento, o que ajuda a explicar o resultado observado para o mercado de trabalho”, disse o Cepea em pesquisa.

O aumento no número de pessoas ocupadas no agronegócio em 2022 foi de 2,76% frente ao de 2021 e de expressivos 8,52% em relação ao de 2020. No Brasil como um todo, de acordo com a pesquisa do Cepea, 98,04 milhões de pessoas estavam ocupadas em 2022, acima das 91,29 milhões no mesmo período do ano anterior. Diante disso, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 19,35% em 2022, um pouco abaixo da observada em 2021, quando esteve em 20,22%.

Os pesquisadores do Cepea indicaram que esse crescimento no número de trabalhadores no setor está atrelado aos desempenhos observados nos segmentos de insumos, da agroindústria e de agrosserviços.

Natália Cherubin com informações do Cepea

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