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Com projeções de déficits globais, preços do açúcar tem recuperação moderada
Os preços do açúcar recuperaram na terça-feira e registaram ganhos moderados. O contrato do açúcar bruto subiu 1,2%, para 20,87 centavos de dólar por libra-peso. Na segunda-feira, ele atingiu seu valor mais baixo desde o final de janeiro, a 20,55 centavos de dólar por libra-peso. Já o contrato do açúcar branco com vencimento em maio teve pouca alteração, fechando a US$ 594,30 por tonelada.
A cobertura a descoberto surgiu nos contratos futuros de açúcar na terça-feira, depois que a BP Bunge Bioenergia projetou que o déficit global de açúcar aumentaria para 1,6 milhões de t em 2024/25, já que a produção de açúcar do Brasil em 2024/25 deve cair cerca de 4,4%, para 40,8 milhões de t, devido às condições de seca que devem reduzir a produtividade da cana-de-açúcar.
Um dos fatores que vem fazendo os preços caírem nas últimas semanas é a alta na produção de açúcar da safra 2023/24, que segundo o último levantamento da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar e Bioenergia) cresceu 25,6% para 42.158 milhões de toneladas. Outro fator que tende a puxar os preços é a expectativa de que tanto a safra da Índia, quanto da Tailândia serão melhores do que o esperado.
A safra da Índia, segunda maior produtora global do adoçante, pode ficar acima de 32,5 milhões de toneladas e, muito provavelmente, acima de 33 milhões de toneladas, quase a mesma do ano passado, de acordo com o analista. A Wilmar espera a nova afra do Brasil entre 42,5 milhões e 44,5 milhões de toneladas de açúcar. “A indústria brasileira (de açúcar) está no caminho certo para bater um novo recorde de cristalização”, disse Salamon para a agência de notícias.