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Conab estima déficit mundial de açúcar
A Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, órgão ligado ao Ministério da Agricultura, estimou um déficit mundial, na safra 2019/20, na ordem de 1,38 milhão de toneladas no balanço entre a produção e o consumo mundial de açúcar.
Os dados baseiam-se, segundo o órgão, em estimativas apresentadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – USDA, e constam de uma análise conjuntural de mercado (clique aqui) divulgada pela Conab.
Assinada pelo analista de mercado da Conab, Fábio Silva Costa, o documento ainda apresenta uma redução de cerca de 3,2% no volume total de açúcar a ser produzido em todo o mundo na atual temporada, o que representaria 5,75 milhões de toneladas a menos do adoçante no mercado.
Dentre as razões levantadas pela Conab para a redução na oferta da commodity estão os problemas climáticos em importantes países produtores da Ásia, em especial Índia e Tailândia. “Com a estimativa de redução da oferta na Ásia e o atual momento de entressafra na principal região produtora do Brasil, os preços médios mensais do açúcar reagiram nas últimas semanas e atingiram valores que não se viam desde a Safra 2017/18”.
O relatório da Conab traz ainda gráficos e dados com os preços do açúcar no mercado interno e em Nova York, bem como os preços praticados pelas usinas para o etanol, além do balanço da safra de cana-de-açúcar, neste caso específico referente ao mês de janeiro de 2020.
Numa análise mais aprofundada sobre o mercado de açúcar de Nova York, a Conab enumerou 3 fatores de alta:
Quebra da produção na Ásia e redução da produção mundial;
Redução das exportações brasileiras no acumulado da safra atual;
Aumento do consumo mundial de açúcar.
Por outro lado, os fatores menos favoráveis para a commodity ainda são:
Estoque mundial ainda considerado elevado;
Preços do petróleo em queda;
Desvalorização do Real e expectativa de ampliação das exportações brasileiras.
“Nossa expectativa quanto ao mercado de açúcar é o aumento dos preços no curto prazo, com a reversão da tendência ou estabilidade a depender das exportações brasileiras na Safra 2020/21”, destaca o órgão.
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