A Copersucar está estruturando a criação de um negócio dedicado a atuar na comercialização e distribuição de biometano, assim como já atua na venda de outros produtos do setor sucroenergético.
“A Copersucar começa a se preparar para ser um operador relevante no mercado de biometano, que virá através da produção do gás nas nossas usinas cooperadas e também de atividades de compra e venda de biometano que a Copersucar pretende fazer”, afirmou o CEO da companhia, Tomas Manzano, em coletiva.
Para o executivo, o mercado de biometano tende a ganhar dinamismo nos próximos anos dado o potencial de ganhos para as usinas e clientes no mercado.
“Além de representar uma redução de custo [para as usinas], substituindo o diesel [na frota própria], que é relevante no custeio das usinas, [o biometano] também representa uma oportunidade de melhorar a redução de intensidade de carbono do etanol. Isso mais à frente tende a ter um valor relevante percebido pelo mercado”, avaliou.
No Brasil, o programa RenovaBio já permite que os produtores de biocombustíveis que usam mais biometano em seus processos produtivos no lugar de combustíveis fósseis gerem e vendam mais créditos de descarbonização (CBios).
A partir de 2026, os produtores e importadores de gás natural deverão começar a cumprir com metas de consumo de biometano para diminuir a pegada de carbono de seus produtos, de acordo com previsão da lei do Combustível do Futuro.
A Petrobras já fez uma chamada pública para comprar biometano para o ano que vem e está, no momento, em negociação com os produtores que apresentaram propostas.
Dentre as associadas da Copersucar, atualmente apenas a Cocal possui uma planta de produção de biometano, mas Manzano adiantou que, neste ano, deverá haver anúncios de construção de mais três plantas de biometano por suas cooperadas. O plano, segundo ele, é que todas as 38 unidades processadoras de cana tenham anexo às instalações plantas de produção de biometano.