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CTC apresenta inovações para produtividade e redução de carbono na produção de cana

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Em evento com investidores CTC  anuncia CTCAdvana, CTC VerdPRO2 e CTC Sementes 

O CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) apresentou ontem, 15, em encontro com investidores, clientes e acionistas, novas tecnologias que tem como objetivo levar o setor sucroenergético a um novo patamar de produtividade, eficiência operacional e sustentabilidade.

Com base em três frentes – Melhoramento Genético, Biotecnologia e o Projeto Sementes – o CTC tem como meta dobrar a produtividade dos canaviais brasileiros até 2040.

“Estamos em um momento estratégico para o setor. As tecnologias que apresentamos hoje demonstram como ciência, dados e escala podem redefinir a produtividade da cana-de-açúcar, com base na transição energética. Cada plataforma é uma entrega concreta da nossa visão de longo prazo, conectando inovação com valor para produtores e para o Brasil”, afirma Cesar Barros, CEO do CTC.

Estudo da FGV

Durante o encontro, o CTC apresentou um estudo conduzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que analisou o potencial de descarbonização do setor sucroenergético brasileiro com base na adoção das novas tecnologias desenvolvidas pelo CTC.

Segundo o estudo, a implementação integrada de soluções em melhoramento genético, biotecnologia e sementes sintéticas tem o potencial de evitar a emissão de 178,6 milhões de toneladas de CO₂ por ano até 2042 – um aumento de 129% em relação ao cenário de 2022. Isso equivale a 8% das emissões totais do Brasil, ou 50% das emissões anuais de um país como a França.

Entre os principais fatores que impulsionam essa evolução estão: a redução na intensidade de carbono do etanol (de 22,2 gCO₂/MJ para 18,5 gCO₂/MJ), o uso mais eficiente de insumos como diesel (-18,2%) e fertilizantes nitrogenados (-19,4%), além do aumento da produtividade agrícola sem expansão da área plantada.

O estudo também destaca o potencial econômico dessa transformação, com geração de receita a partir da comercialização de créditos de carbono (CBios).

“O estudo da FGV comprova, com base técnica e econômica, aquilo que já vemos no campo: as tecnologias do CTC têm potencial real para transformar a produtividade agrícola em ganhos ambientais concretos. Estamos falando de evitar quase 180 milhões de toneladas de CO₂ por ano até 2042 – uma contribuição significativa para as metas climáticas do Brasil e do mundo. É uma prova de que inovação e sustentabilidade podem caminhar juntas, gerando valor para o produtor, para o país e para o planeta”, afirma Barros.

CTC Advana: nova série de variedades eleva o padrão de performance no campo

A área de melhoramento genético do CTC apresentou a CTC Advana, nova série de variedades de cana desenvolvidas com técnicas avançadas de melhoramento genético. Criadas para entregar ganhos de até 16% em produtividade frente às referências de mercado, as variedades CTC Advana também se destacam por alta sanidade, vigor e adaptabilidade regional.

A primeira variedade lançada da série é a CTC Advana1, que possui porte ereto, facilidade de colheita, perfilhamento adequado, alto teor de açúcar com colheita indicada no início da safra e foi desenvolvida para ambientes altamente produtivos.

“A série CTC Advana marca um novo capítulo no melhoramento genético da cana. É tecnologia aplicada com precisão científica, pronta para transformar a rentabilidade no campo”, destaca Sabrina Chabregas, Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento do CTC. “Nos ensaios comparativos que realizamos, a variedade teve 95% de vitória frente aos principais padrões do mercado, com desempenho até 16% superior em toneladas de açúcar por hectare”.

CTC VerdPRO2: variedades com resistêcia a broca e tolerância ao herbicida

A área de biotecnologia apresentou a CTC VerdPRO2, uma plataforma que combina resistência à broca-da-cana, praga presente em 100% dos canaviais e responsável por perdas de até R$ 8 bilhões por ano, com tolerância ao herbicida, oferecendo proteção integrada ao canavial e promovendo uma transformação no manejo agrícola. A solução proporciona segurança contra pragas, simplificação na aplicação de defensivos e redução de perdas e custos.

Com mais de 10 variedades em desenvolvimento, a CTC VerdPRO2 inaugura uma nova era para o setor, com maior eficiência, sustentabilidade e previsibilidade no campo. A tecnologia resulta de sete anos de pesquisa e amplia o legado do CTC como pioneiro no desenvolvimento da primeira cana transgênica aprovada no mundo.

Além da resistência à broca, o futuro da biotecnologia no CTC já aponta para o controle do bicudo (Sphenophorus), praga altamente destrutiva que ainda carece de métodos eficazes de controle. As pesquisas estão em estágio avançado e fazem parte da estratégia contínua de inovação da companhia.

“A CTC VerdPRO2 é a resposta integrada para os dois maiores desafios de proteção na cana. Com ela, o produtor ganha produtividade, reduz complexidade e contribui para uma produção mais sustentável”, afirma Suzeti Ferreira, Diretora de Marketing do CTC.

Cana semente

Fruto de 11 anos de pesquisa e R$ 1 bilhão em investimentos, o projeto de sementes sintéticas é o novo sistema de plantio desenvolvido pela companhia. Com o uso de sementes sintéticas de cana, a inovação promete acelerar a adoção de novas tecnologias, liberar áreas produtivas, aumentar a eficiência operacional e reduzir a pegada de carbono.

Com a semente, o setor avança rumo à mecanização total do plantio, operando com menos máquinas, menos diesel, maior escalabilidade e plantios mais uniformes e sanitariamente superiores. A construção da planta demonstrativa de produção está em andamento, com previsão de operação ainda neste ano.

A tecnologia, que está em fase avançada de pesquisa e desenvolvimento, conta com parcerias estratégicas com empresas como John Deere, Marchesan, Double TT e Civemasa para o desenvolvimento de equipamentos específicos para o novo sistema de plantio.

“As sementes sintéticas são uma inovação de ruptura. Vamos transformar o modelo de plantio da cana em algo mais simples, mais rápido e mais escalável. Isso nos aproxima de uma nova lógica de produção agrícola no país”, explica Suleiman Hassuani, diretor de P&D de Sementes do CTC.

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