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Depois de anúncio de resultados, Raízen também vê suas ações caírem
Após a divulgação dos números do terceiro trimestre e do acumulado da safra 2022/23, as ações da Raízen atingiram uma mínima histórica. Além da queda de 4% na moagem de cana-de-açúcar, que atingiu 73 milhões de t, o lucro líquido ajustado caiu 79% no terceiro trimestre do ano-safra 2022/2023, para R$ 255,7 milhões.
Mesmo com alta na receita líquida e com a expectativa de fechar o ano com R$12 bilhões em investimentos, ontem a companhia viu suas ações caírem 1,68%, a R$ 2,93, entre as maiores baixas do Ibovespa, que cedia 0,28%. No pior momento, conforme reportado pela Reuters, os papéis chegaram a R$ 2,86, mínima histórica. Na véspera, antes da divulgação dos dados, já haviam fechado em baixa de 7,45%.
“A Raízen apresentou um trimestre mais fraco do que o esperado, com muitas partes não indo na direção certa”, afirmaram os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, da XP Investimentos para a Reuters.
Em relatório enviado a clientes no final da terça-feira, eles chamaram a atenção para a moagem menor e custos mais altos, que carregaram um efeito negativo para as unidades de açúcar e etanol, apesar dos esforços contínuos para aumentar a produtividade. Mas destacaram que a comercialização de etanol de terceiros surpreendeu, ajudando a compensar os impactos negativos das mudanças tributárias e dos menores volumes de energia.
De acordo com os analistas da XP para a Reuters, a área de marketing e serviços foi o destaque negativo, com estoques de combustíveis afetados pelas mudanças tributárias e excesso de oferta no mercado, assim como custos mais altos em fretes e outras pressões inflacionárias, além de parada programada de 55 dias na operação da Argentina.
“Vemos a maioria dessas variáveis já precificadas e o futuro parece melhor do que o passado, embora a alavancagem e as despesas financeiras precisem de atenção, e o guidance da Raízen pareça mais distante”, disseram a Reuters.