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Do canavial à indústria: rastreamento da cana pode ser feito de forma automatizada

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Já é possível rastrear a cana-de-açúcar que sai do campo até a indústria, onde ela será moída e transformada em etanol, açúcar e bioenergia. Sabia disso? Afinal sustentabilidade, produtividade e redução de riscos são alguns dos principais motivos que estão levando empresas e consumidores a buscarem a procedência dos produtos que adquirem.

E nesse cenário, conseguir identificar detalhes sobre a origem e o transporte da matéria-prima tem se tornado uma necessidade cada vez maior para os gestores e produtores agrícolas.

Para que isso seja possível, uso de tecnologias que garantam o controle automatizado de todo o percurso dos insumos, desde o campo até seu destino na indústria, é imprescindível.

De acordo com Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon, antigamente o rastreamento da cana-de-açúcar era feito com apontamentos manuais e etiquetas de identificação.

“O problema é que, em amplas áreas de produção, com centenas de máquinas trabalhando em atividades de deslocamentos e transferências de cana no mesmo dia, é muito fácil se perder nesse rastreio”, explica.

A rastreabilidade da produção de cana-de-açúcar já pode ser feita com ajuda de hardwares, softwares e recursos de comunicação avançados, reduzindo a intervenção humana e o risco de falhas. (Foto: Divulgação/Hexagon)

Hoje, essa rastreabilidade já pode ser feita com ajuda de hardwares, softwares e recursos de comunicação avançados, reduzindo a intervenção humana e o risco de falhas. A tecnologia oferecida pela Hexagon, por exemplo, atua nas três etapas do CTT (Corte, Trasbordamento e Transporte).

No primeiro, durante o processo de corte, há a transferência das informações coletadas nos displays (computadores de bordo) instalados nas colhedoras para os displays dos tratores que puxam os transbordos. Nessa etapa, há o envio dos dados capturados na operação de colheita.

Depois da informação sair da colhedora para o transbordo, os transbordos se emparelham  ao lado das carretas ou caminhões de transporte de cana e enviam as informações com ajuda dos taggers (dispositivos) que ficam instalados nas carretas/caminhões de cana que irão levar a matéria-prima até a indústria.

Durante o percurso, esses taggers também incluem dados sobre a trajetória exata que cada volume da matéria-prima está fazendo. Por fim, ao chegar no destino final, todas as informações são transmitidas dos taggers para os sistemas de recepção das indústrias, sendo armazenadas e contabilizadas em seus softwares de gestão e controle.

“Nós disponibilizamos informações confiáveis de cada etapa do processo através de recursos avançados e robustos de comunicação máquina a máquina. Isso é fundamental para o gestor rural, já que dispensa a exigência de conexões com a internet, evitando que os desafios de conectividade que ainda existem no campo brasileiro prejudiquem o rastreio da matéria-prima”, explica Bernardo.

Confira 6 benefícios da rastreabilidade de matéria-prima 

1.Gestão precisa: O sistema não disponibiliza apenas a origem e o caminho exato percorrido pela canna-de-açúcar, mas também dados como ID dos equipamentos e dos operadores envolvidos nas atividades, áreas e tempo de duração da colheita, total de metros colhidos e demais informações de telemetria. Assim, usinas e produtores de cana conseguem trabalhar com dados precisos, permitindo uma gestão eficiente do negócio e reduzindo as chances de erros.

2.Produtividade: A rastreabilidade também é fundamental para um diagnóstico de produtividade. Sabendo exatamente de qual área da plantação veio a cana-de-açúcar, é possível verificar se o investimento feito e as técnicas aplicadas geraram resultados ou não. Isso ajuda a gestão a definir as estratégias da próxima safra para uma produção cada vez mais produtiva.

3. Logística ágil: Outro benefício do rastreio que também colabora com a produtividade é a maior agilidade conferida às operações de logística de transporte de cana, já que não é mais necessária a criação de apontamentos manuais ou de etiquetas de identificação, que exigiam maior participação humana durante as operações.

4.Controle de pagamentos: O trabalho com terras de terceiros é bastante comum no campo, em especial em alguns cultivos como o de cana-de-açúcar. Nesses casos, a rastreabilidade de matéria-prima é importante para a realização de auditorias confiáveis e confirmação de que os pagamentos estão sendo feitos corretamente, de acordo com a carga recebida exatamente do local registrado.

5.Garantia para o consumidor: Cada vez mais o consumidor se preocupa com a qualidade e a origem dos produtos comprados, avaliando pontos como aplicação de substâncias químicas ou se a mercadoria é orgânica. Pensando nessas tendências futuras, o rastreio é uma excelente maneira de garantir ao consumidor informações precisas sobre a procedência do produto.

6.Comprovação para certificações: Esse rastreamento também é válido para empresas que buscam certificações nacionais e internacionais de qualidade – como o Bonsucro e outros –  já que torna possível comprovar o rastreamento completo da matéria-prima utilizada desde o histórico de plantio e tratos culturais aplicados na cana, até sua colheita e lote de processamento na indústria.

Com informações da Hexagon

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