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Edição 182

Editorial – Transparência

Publicado

em

 Ricardo Pinto

Dois rapazes estavam no supermercado empurrando seus carrinhos de compras quando, de repente, chocaram-se.

Um deles, irritado, falou:

– Pô, cara, não olha por onde anda?

– E você, também não enxerga, não?, gritou o segundo rapaz.

O primeiro, então, explicou:

– É que eu estou procurando a minha namorada!

– Coincidência, eu também estou procurando a minha!

Novamente o primeiro falou:

– Como é tua namorada?

O outro respondeu:

– Ela é loira, de olhos azuis, cabelos compridos, corpo de academia, lábios carnudos e está com um vestido preto transparente! E a tua?

Sem pestanejar, o primeiro rapaz disse:

– A minha? A minha que se dane! Vamos procurar a tua!

Realmente, não bastasse a transparência do vestido da namorada do segundo rapaz, o primeiro foi bastante transparente em demonstrar seu interesse pela atraente namorada do outro.

Também no mundo corporativo a transparência agrada muito, principalmente quando esta transparência vem dos gestores. Afinal, a transparência garante confiança para a pessoa que dela faz uso.

Há quem acredite que ser transparente signifique somente ser ético. Mas é muito mais. Uma organização transparente prioriza o atendimento, facilita o contato e, sob nenhuma hipótese, manipula dados ou informações com o objetivo de obter vantagens. Ela pratica o “jogo limpo”.

Uma pessoa ou uma empresa transparente está aberta ao diálogo, empenhando-se tanto em falar quanto em ouvir, estabelecendo ligações permanentes com seu público e sempre buscando adaptar-se às novas demandas e desafios. Por exemplo, dificilmente uma empresa que possua uma hierarquia rígida e com decisões centralizadas será transparente. E a falta de transparência atrapalha até sua governança, gerando conflitos entre os acionistas.

Há empresas, inclusive, que pecam pela falta de transparência não por opção, mas porque não são tecnicamente capazes de comunicar adequadamente suas atividades. Costumam não dispor de métricas confiáveis para apresentar seus custos, produtividade, eficiências e lucratividade.

E a falta de transparência pode trazer graves problemas. Ou você nunca se deparou com uma empresa que te vendeu um produto que não estava disponível ou que não foi entregue no prazo combinado?

Vamos a algumas dicas para melhorar sua transparência enquanto gestor de sua empresa:

• Comunicação é tudo – para ser transparente, é importante estar sempre se comunicando. Comunique sua equipe sobre mudanças nos processos e/ou no quadro de colaboradores, sobre o atingimento (ou não) das metas, sobre expectativas do mercado, sobre tudo. E não deixe de explicar os porquês.

• Feedback sem moderação – se dividir com sua equipe quaisquer assuntos relacionados com a empresa já é importante, imagine sobre o desempenho da própria equipe e de cada um dos componentes dela. Reconheça e elogie os pontos positivos de seus colaboradores, ao mesmo tempo em que indica problemas e pontos a melhorar. Nada melhor para comprovar a eles sua transparência.

• Compartilhar é a regra – não basta ouvir os demais, é preciso posicionar-se como um eterno aprendiz. Assim, você se mostrará transparentemente aberto a trocar experiências e conhecimentos com todos de sua equipe, num processo contínuo e claro de progresso mútuo.

Gestor transparente

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