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Entidade renova acordo para associado usar cana melhorada sem pagar royalties

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Entidade canavieira renova acordo com rede de pesquisa desenvolvedora de variedades de cana melhoradas geneticamente e mais utilizadas pelos agricultores do NE. A parceria com a Ridesa permite o uso das variedades pelos sócios da AFCP por mais cinco anos, sem o pagamento de royalties

Ao invés do pagamento de royalties de até R$ 300 por hectare pelo uso da cana melhorada geneticamente, como cobrado no centro-sul do Brasil, os produtores vinculados à Associação dos Fornecedores de Cana de PE (AFCP) continuarão usando as melhores variedades de cana para região sem essa cobrança por mais cinco anos.

O acordo acaba de ser renovado entre a AFCP e a Rede Interuniversitária para Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), através da Estação Experimental de Cana-de-Açúcar do Carpina, que pertence à Universidade Federal Rural (UFRPE).

“Assim como acontece em todo Brasil, como no centro-sul onde outros centros de pesquisa cobram royalties de R$ 100 a R$ 300 por hectare pela nova variedade de cana criada e usada pela maioria dos produtores daquela região, a Ridesa, rede responsável pela melhoramento genérico e propriedade intelectual da maioria das variedades de cana usadas no Nordeste, também cobra os royalties dos canavieiros locais, com base na mesma Lei Federal de Cultivares (9.456/1997). A renovação da nossa parceria técnico-econômica com a Ridesa isenta nosso associado dessa cobrança até 2025”, conta Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP.

Para Djalma Euzébio, coordenador da Ridesa em PE, a implantação dos convênios com as unidades agroindustriais e associações canavieiras ajuda no financiamento dessas pesquisas para o desenvolvimento de novas variedades da cana, as quais são indispensáveis para o aumento da produtividade e do ATR (indicador importante para a definição do preço da cana).

“Nossas estações de cruzamento de variedades da cana, esta que são usadas pelo país, estão aqui no NE, especificamente em Pernambuco e em Alagoas”, fala o pesquisador, que também lidera a Estação Experimental de Cana-de-Açúcar do Carpina, da UFRPE.

A parceria com a Ridesa permite a utilização das variedades da série RB, as quais estão mais adaptadas às questões hídricas, doenças e às pragas dos canaviais do Nordeste. A propriedade intelectual da RB é da Ridesa, como as séries RB 92579 e 041443, as mais utilizadas na região.

“Estas duas variedades são as mais populares entre os nossos fornecedores associados porque geram alta produtividade, tem resistência a algumas doenças, tem fácil manejo e produzem um alto teor de ATR”, esclarece Andrade Lima.

De todas as variedades usadas nos canaviais pernambucanos na última safra, um relatório recente da Ridesa/UFRPE monstra que a RB 041443 atingiu 29% da prioridade no plantio de verão e 17% no plantio de inverno. O percentual é ainda maior quando contabilizada todas as variedades RB utilizadas na safra passada, alcançando 54% no verão e 44% no inverno. Em relação à colheita, o quantitativo também foi amplo. Cravou em 50%. A perspectiva para a nova safra é de aumento. O indicador chega a 60%.

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