Home Últimas Notícias Estudo pioneiro utiliza cinza de bagaço de cana-de-açúcar para melhorar asfaltos é divulgado por revista internacional
Últimas Notícias

Estudo pioneiro utiliza cinza de bagaço de cana-de-açúcar para melhorar asfaltos é divulgado por revista internacional

Compartilhar

Uso da matéria prima foi tema de tese de mestrado pela Universidade Estadual de Maringá, no Paraná

Quando se viaja pelo Brasil, é fácil encontrar uma plantação de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) em diversas regiões do País. Os canaviais e a produção da cana-de-açúcar brasileira são os maiores do mundo e movimentam a economia brasileira há mais de 500 anos.

O setor sucroalcooleiro é responsável por aproximadamente 2% do produto interno bruto (PIB) nacional, seja para a produção de açúcar ou de álcool (etanol) como para a exportação desses produtos. Além do álcool e do açúcar, a cultura da cana-de-açúcar vem impulsionando a pesquisa científica para o desenvolvimento de energias limpas e renováveis, e de produtos biodegradáveis.

À medida que o mundo avança em busca de soluções sustentáveis, o Brasil vem exercendo protagonismo pelo cultivo de cana-de-açúcar em larga escala, tornando-a compatível com práticas que contribuem para a sustentabilidade.

Entre essas contribuições, no Paraná, uma pesquisa pioneira utilizou cinzas do bagaço de cana para substituição parcial do pó-de-pedra que é misturado para produzir material asfáltico.

De autoria do engenheiro civil Vinícius Hipólito, a pesquisa de mestrado pela Universidade Estadual de Maringá foi reconhecida internacionalmente e publicada na Scientific Reports, revista que possui avaliação A1 no sistema Qualis, a melhor para periódicos científicos.

Hipolito, que também é engenheiro da Conasa Infraestrutura, empresa de Londrina (PR) que administra mais de 1.500 quilômetros de rodovias estratégicas para o escoamento logístico da safra de grãos do Mato Grosso para o mercado externo, explica que a ideia surgiu no intuito de melhorar a resistência mecânica do asfalto desses corredores.

“Enxerguei a oportunidade de utilizá-lo com o intuito de melhorar a resistência do asfalto, que é um material do dia a dia na nossa área de infraestrutura e que precisamos aprimorar cada vez mais para que possamos otimizar nossos investimentos”, explica.

Nomeado “Avaliação funcional e estrutural de um trecho experimental de asfalto modificado com cinza de bagaço de cana-de-açúcar”, o estudo avaliou o desempenho do resíduo em um trecho rodovia BR-158, entre Campo Mourão (PR) e Maringá (PR). “O experimento demonstrou resultados positivos em termos de desempenho mecânico, além de contribuir com a redução do uso de agregado mineral e do custo da mistura asfáltica” completa.

A Conasa Infraestrutura e outras empresas da área de pavimentação apoiaram o pesquisador. Para Hipólito, a importância de publicar esse trabalho em uma revista internacional é a de que o resíduo também é produzido em outros lugares do mundo e, assim, os resultados do trabalho podem ser consultados por outros pesquisadores, contribuindo para a evolução das tecnologias na área de pavimentação.

 

Compartilhar
Artigo Relacionado
DestaqueÚltimas Notícias

Curativo à base de cana-de-açúcar ajuda na recuperação após cirurgia de varizes

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram um curativo feito a...

DestaqueÚltimas Notícias

Petrobras aprova projeto que vai capturar e armazenar 100 mil t de carbono por ano

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira, 17, a aprovação da construção do Projeto...

Brasil
DestaqueÚltimas Notícias

Agência americana propõe realocar mandatos de biocombustíveis para grandes refinarias

A Agência de Proteção Ambiental americana (EPA, na sigla em inglês) propôs...

DestaqueÚltimas Notícias

Há boa vontade de Motta com pacote contra fraudes em combustíveis, diz Arnaldo Jardim

O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na Câmara dos Deputados,...