Home Bioenergia Etanol de milho gera empregos e se torna opção rentável ao produtor
BioenergiaDestaqueIndústriaMercado

Etanol de milho gera empregos e se torna opção rentável ao produtor

Compartilhar

Vinte e quatro produtores rurais de Mato Grosso se uniram e investiram R$ 160 milhões em uma usina de processamento de etanol de milho. A indústria fica em Nova Marilândia, a 200 quilômetros de Cuiabá. O objetivo é produzir, a partir de janeiro de 2021, cerca de 112 milhões de litros do biocombustível, 80 mil toneladas de DDG e 42 mil megawatts de energia.

“[Os produtores] constituíram uma sociedade anônima com esse propósito de agregar valor ao milho que eles produzem, e eles estão muito otimistas com o projeto”, afirma o diretor-executivo da ALD Bioenergia, Marco Rosas.

Etanol de milho no Brasil

Nos últimos cinco anos, a produção de etanol de milho no Brasil aumento mais de dez vezes. Saltou de 180 milhões para 1,62 bilhão de litros em 2019. Este ano, deve chegar a 2,75 milhões de litros. A meta para 2027 é de 8 bilhões de litros. Preços do etanol sobem, mas patamar ainda é menor comparado a 2019

Das 16 usinas de etanol de milho em operação no Brasil, nove estão em Mato Grosso, cinco em Goiás, uma no Paraná e uma em São Paulo. Com o preço do cereal atingindo os maiores patamares da história neste ano, foi um desafio para o setor manter a viabilidade econômica. A alternativa é antecipar a compra da matéria-prima e explorar ao máximo todas as alternativas que o grão oferece.

“Você vai gerar um confinamento. Faz DDG, óleo vegetal, etanol hidratado, etanol anidro e energia. [O custo elevado da matéria-prima] vai diminuir a margem, com certeza, mas você sabe que tem uma boa margem o etanol de milho”, diz o presidente institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Cesário Ramalho.

Demanda e vantagens

Mercado consumidor não vai faltar, segundo a Datagro, principalmente para produtos alinhados à sustentabilidade “Com o etanol, o Brasil já substitui 3,15 bilhões de barris de petróleo, o que é muito importante para um país que tem reservas de petróleo de 2,7 bilhões de barris”, afirma o presidente da consultoria, Plínio Nastari.

Outra grande vantagem é a verticalização: processar o milho acaba trazendo um lucro maior do que vender o produto in natura. Além disso, a industrialização gera empregos. Só na planta de Nova Marilândia serão empregadas 1.350 pessoas direta ou indiretamente.

“Eu acho que essa é a grande contribuição do etanol do milho. Ele não será um problema para a proteína animal, para a segurança alimentar. Nós estamos exportando muito. É melhor a gente industrializar o milho em grão do que exportar”, defende o presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco.

Compartilhar
Artigo Relacionado
Últimas NotíciasDestaque

Indústria de etanol de milho retoma expansão com R$ 23 bilhões em novos projetos

Após um período de retração, a indústria de etanol de cereais no...

DestaqueÚltimas Notícias

CerradinhoBio anuncia nova expansão da unidade de etanol de milho da Neomille

A Cerradinho Bioenergia informou que o Conselho de Administração aprovou a expansão...

DestaqueÚltimas Notícias

Produtor do Paquistão transforma canavial com ajuda da RPA Consultoria

Os canaviais de Ahmad Mujtaba Khan, produtor de cana no Paquistão, estão...

Últimas NotíciasDestaque

Mesmo com queda na sacarose, CRV Industrial mantém crescimento na produção de açúcar com inovação e eficiência

As condições climáticas adversas impactaram a safra 2025 da CRV Industrial, em...