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Feplana terá novo presidente a partir de abril

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A presidência da Feplana (Federação dos Plantadores de Cana do Brasil), deverá mudar no próximo mês. Alexandre Andrade Lima, deixará o comando da entidade em abril depois de dois mandatos.

Nestes seis anos em frente a Feplana, Lima destacou-se pela aprovação de vários projetos de lei em favor do setor. Mais recentemente, por exemplo, a venda direta de etanol pelas usinas. E já tramita a garantia de CBios proporcional para o segmento canavieiro

“Estou fechando esse ciclo de dois mandatos de 3 anos. E foram diversas ações, até mesmo como representante da Câmara Setorial do Ministério da Agricultura, trabalhamos muito. Começamos com a questão do etanol hidratado importado dos Estado Unidos e a união do Centro-Sul com o Nordeste conseguiu acabar com isso. Trabalhamos muito também em cima da questão da venda direta de etanol pelas usinas”, disse Lima à RPAnews.

Ficará para a próxima presidência o desenrolar e decisão sobre o Projeto de Lei (PL3149/20, a qual a Feplana, junto a outras entidades vem lutado nos últimos meses, para garantir que o produtor de biomassa receba 80% dos Cbios que ele produz.

De acordo com Lima, a proposta que está dentro do Congresso Nacional foi feita pela Feplana e encaminhada pelo Deputado Efraim. “Dar 80% dos Cbios para os produtores de biomassa faz justiça aos produtores de cana. Eles terão essa garantia em lei”, afirmou.

O motivo da saída de Lima da Feplana se deve a alta demanda da Usina COAF (Cooperativa do Agronegócio dos Associados da Associação dos Fornecedores de Cana de Açúcar).  “A COAF esta demandando muito tempo e por isso, não tenho tido mais condições para atuar na Feplana em Brasília. Mas estou muito satisfeito com a união do setor como um todo. A gente espera que realmente que essa questão dos Cbios se consolide”, afirmou o presidente da Feplana, que tem a expectativa de que a questão se resolva entre esse e o próximo ano.

Moagem da Coaf cresce 6% 

A Usina Coaf acaba de terminar a sua safra de cana-de-açúcar. De acordo com Lima, a moagem da safra 2021/22 cresceu 6%. Esse ano foram 800 mil t de cana e a perspectiva para esse ano, na safra 2022/23, que inicia em setembro, é que a unidade chegue a moer 1 milhão de t.

“Estamos com condições climáticas que estão bastante propícias aos canaviais, coisa rara no Nordeste, e estamos com a expectativa de uma melhora significativa na produtividade da cana. Pernambuco deve ultrapassar as 13 milhões de t de cana, superando esse ano, que fechou em pouco mais de 12 milhões de t”, disse Lima à RPAnews.

A Coaf-Usina é uma entidade da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco e tem a missão de buscar a manutenção da produção canavieira na Mata Norte dando a garantia de escoamento da cana de fornecedores em condições acessíveis. Para isso, desde a safra 2015/16 reativou e administra a antiga usina Cruangi, em Timbaúba.

A Coaf filial visa garantir o melhor preço da cana de açúcar do fornecedor, tanto que desde 2015 tem garantido a maior ATR dentre as usinas pernambucanas, a exemplo de 141 quilo por tonelada na safra 2018/2019, bem como pago uma bonificação elevada, de R$ 26 por tonelada na referida safra.

A cooperativa, com contrato de arrendamento da usina até a safra 2040/2041, também tem garantido sobras operacionais para os cooperativos, resultado do desempenho e rentabilidade do empreendimento.

“A Coaf está pagando 100% dos Cbios aos produtores. Estamos fazendo também a recertificação, incluindo novos produtores como primários. Estamos fazendo um grande trabalho para os produtores se conscientizarem que eles têm que ter um controle na sua propriedade, ter menos emissão de CO2, e, com isso, ter uma maior nota”, explicou Lima.

Venda Direta de Etanol

Um dos assuntos no qual atuou diretamente em frente à Feplana – a venda direta de etanol da usina para os postos, está rodando de vento e poupa no Nordeste. De acordo com Lima, em Rio Grande do Norte e Alagoas várias usinas estão vendendo o etanol diretamente aos postos.

“A própria Coaf já fez venda direta de etanol. Tivemos uma confusão, pois houve um veto por parte do Presidente, mas depois de 20 reuniões com a Casa Civil, o Ministério da Agricultura, OCB e Ministério de Minas e Energia, formatarmos uma medida provisória que foi encaminhada e que deu para acomodar as cooperativas em uma situação fiscal justa. Da forma como a MP 1069 foi colocada, estava praticamente impossibilitando as cooperativas de vender etanol direto aos postos, porque tirava de nós o ato cooperativo”, disse Lima.

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