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Fertilizantes: importações foram 14% maior no primeiro semestre

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A Rússia foi quem enviou o maior volume de adubo para o Brasil, representando 24% do total importado

No primeiro semestre do ano, o volume de importação de fertilizantes atingiu o total de 17,8 milhões de toneladas, volume 14% acima do acumulado do mesmo período de 2021. Só em junho, as importações foram 15% maiores em relação a junho/2021.

De acordo acordo com relatório do Itaú BBA, as importações provenientes de Rússia e Belarus em junho continuaram chegando ao Brasil dentro da normalidade. No primeiro semestre de 2022 foram registradas 4,3 milhões de toneladas em compras vindas do país russo e 950 mil toneladas de Belarus, valores parecidos com os do mesmo período de 2021.

No acumulado até o sexto mês a Rússia originou o maior volume de adubo para o Brasil, representando 24% do total importado. De acordo com o Itaú BBA, para que os estoques de passagem no final de 2022 sejam semelhantes aos observados em 2018 e que as entregas ao mercado sejam próximas às de 2021, ainda são necessárias importações de 20,5 milhões de t até o final do ano.

Importações de junho/2022 foram 15% maiores em relação a junho/2021 (Fonte: Itaú BBA)

“Para isso, é importante a continuidade do bom fluxo de importações dos fertilizantes, como foi registrado no primeiro semestre de 2022. Além disso, também vale acompanharmos o fluxo de internalização dos produtos dos portos para os locais de consumo no interior do país”, disseram os analistas do banco.

No acumulado até o sexto mês de 2022, o Canadá foi a principal origem do Cloreto de Potássio
importado seguido por Rússia e Belarus. Pela concentração da produção e exportação nesses três principais países, sendo que Rússia e Belarus vêm sofrendo com sanções. “Será importante observarmos o volume a ser desembarcado e os preços a serem praticados do KCl no país nos próximos meses”, disseram.

O volume importado do nitrato de amônio no acumulado do semestre, como esperado, foi 48% menor do que o mesmo período de 2021, causado principalmente pela redução do volume proveniente da Rússia, decorrente do bloqueio das exportações realizado em fevereiro/22, medida tomada pelo governo russo na época para abastecer a demanda doméstica. No acumulado até junho, a Rússia perdeu para a Holanda o posto de maior fornecedor de nitrato de amônio.

No mês de junho/2022, 46% do volume importado de MAP foi originário da Rússia. O volume de chegada do adubo foi 3,9% maior contra o mesmo mês de 2021.

Países exportadores e volumes 

Os principais países exportadores de adubos para o Brasil, nos primeiros seis meses de 2022, foram Rússia, Canadá e China, sendo que o Canadá aumentou a representatividade em volume comparado com o acumulado até junho/2021.

Segundo análise do Itaú BBA, as importações de junho/2022 de ureia foram 15,8% menores em relação ao mesmo mês de 2021 e a diminuição da participação russa nas importações acumuladas no ano de 2022 versus o ano passado.

Já para o nitrato de amônio, em 2022 o volume importado em cada mês foi menor em comparação com os mesmos meses de 2021. No acumulado anual as compras somam 382 mil tons, valor menor que as 743 mil tons registradas até junho/2021. Houve maior participação da Holanda em 2022, sendo a principal origem do produto.

As importações de Cloreto de Potássio (KCl) em junho/2022 foram  61,2% maiores em comparação ao sexto mês de 2021. Aqui, o Canadá passou a ser a principal origem das importações do produto no primeiro semestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021.

O volume importado de MAP em junho/2022 foi 3,9% maior em comparação com junho/2021. No acumulado anual, as importações registradas também são maiores em 7,9% comparado ao mesmo período do ano passado. o acumulado até junho houve aumento da participação russa e redução dos produtos marroquinos.

Para o DAP, as importações em junho/2022 foram 49,3% maiores em comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do semestre o volume total é 4,5% maior contra o montante comprado no mesmo período de 2021. No acumulado de 2022, a Bulgária passou a ser a segunda principal origem do produto.

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