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Fertilizantes: volume de importação subiu 3,8% no acumulado de 2022

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O volume de importação de fertilizantes, no acumulado até o mês de setembro de 2022, atingiu o total de 27,9 milhões de toneladas, 3,8% acima do acumulado do mesmo período de 2021. Como as indústrias adiantaram as compras a partir do início do conflito entre Rússia e Ucrânia e os produtos chegaram dentro da normalidade, a quantidade mensal importada foi maior nos meses de abril a julho, comparada com o mesmo período de 2021.

De acordo com dados do último relatório do Itaú BBA, com isso, a disponibilidade dos fertilizantes nos portos aumentou e os volumes negociados diminuíram nos meses subsequentes (agosto e setembro), já que foram registradas chegadas em níveis menores se comparadas com as importações referentes aos mesmos meses de 2021. Por outro lado, as importações de setembro foram 20,5% menores em relação a setembro de 2021.

A estratégia de antecipação das compras somada à diminuição da demanda interna podem ter contribuído para o aumento dos estoques dos produtos nos portos. As cotações internacionais dos produtos registraram máximas próximas das históricas nos meses de março e abril desse ano, o que contribuiu para o atraso das compras por parte do mercado interno, mesmo num cenário de alto fluxo de chegada dos produtos.

Nos últimos meses, os preços das principais matérias-primas retornaram aos níveis pré-guerra, entretanto ainda seguem acima da média histórica, fator que prejudica a retomada da demanda. Desse modo, a ANDA projeta uma queda de 5% a 7% nas entregas domésticas do produto, fator que pode causar um estoque de passagem maior para o Brasil em relação ao que se esperava no início do ano.

Quanto ao balanço de O&D, para que as entregas ao mercado sejam aproximadamente 5% menores em relação às de 2021, ainda são necessárias importações de 9,3 milhões de toneladas até o final do ano.

“Se for considerado o volume de importação realizado até Set/2022, para alcançarmos um montante de entregas ao mercado 5% menor em relação registrado no ano de 2021, as compras externas até o final de 2022 terão que atingir 9,3 milhões de toneladas”, disseram os analistas do Itaú BBA.

Principais exportadores e fertilizantes

Os principais países exportadores de adubos para o Brasil até o fim do nono mês de 2022, foram Rússia, Canadá e China, sendo que o Canadá aumentou a representatividade em volume comparado com o acumulado até setembro de 2021.

As importações de Ureia, do mês de setembro de 2022, foram 7,6% maiores em relação ao mesmo mês de 2021. Neste insumo, houve uma diminuição da representatividade das compras originadas do Catar no ano de 2022 versus o
ano passado.

Já o Nitrato de Amônio teve seu volume de importação em 2022 cada vez menor em comparação com os
mesmos meses de 2021. No acumulado anual as compras somam 829 mil t, contra as 1,4 milhão de t registradas até Set/21. Neste produto, a participação maior foi da Holanda em 2022 e houve redução da Rússia, de acordo com o relatório do Itaú BBA.

Importações de Cloreto de Potássio (KCl) em Set/22 foram 33,3% menores em comparação ao nono mês de 2021. “No entanto, as importações do produto originadas no Canadá aumentaram no acumulado até Set/22 em comparação com o mesmo período de 2021”, disseram os analistas.

O MAP teve volume importado 61,2% menor em comparação com em setembro deste ano, se comparado ao mesmo mês de 2021. No acumulado anual, as importações registradas também são menores em 6,5% comparado ao mesmo período do ano passado. “No acumulado até setembro houve aumento da participação russa e redução dos produtos marroquinos”, afirmam os analista do Itaú BBA.

As importações de DAP em setembro de 2022 foram 46,4% menores em comparação com o mesmo mês do ano
passado. No acumulado do semestre o volume total é 12% menor contra o montante comprado no mesmo período de 2021. As compras de origem chinesa no acumulado de 2022 diminuíram em representatividade se comparadas com as importações do mesmo período de 2021.

As importações de NPK acumuladas em 2022 totalizam 1,7 milhão de t, valor maior que o total registrado no mesmo período do último ano, de 1,1 milhão de t. No acumulado até Set/22 a Rússia diminuiu a participação nas importações de NPK em relação ao registrado no mesmo período de 2021.

RPAnews com informações do Itaú BBA
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