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Edição 192

Fórum – A retomada do crescimento econômico…

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Ricardo Pinto, sócio-diretor da RPA Consultoria
Ricardo Pinto,
sócio-diretor da
RPA Consultoria

AFETA POSITIVAMENTE O ETANOL E A BIOELETRICIDADE

“Como a grande maioria do açúcar que produzimos vai para exportação, este produto é pouco afetado pelo crescimento econômico interno. Já no caso do etanol, a situação é oposta, já que quase todo o etanol que produzimos é para consumo interno. A demanda interna (e os preços) da eletricidade também afeta significativamente o setor sucroenergético. Assim, por conta do etanol e da cogeração de eletricidade, uma retomada do crescimento econômico brasileiro afetaria positivamente o setor sucroenergético nacional.”

 

 

Roberto Hollanda,
presidente da Biosul

SEM REGULAÇÃO NÃO TEM CRESCIMENTO

“Sem a regulação prevista no Renovabio continuamos sem ambiente regulatório que incentive novos investimentos. Claro que a retomada de crescimento tem efeitos positivos benéficos para toda a economia, mas sem ambiente para o setor, não vejo perspectiva.”

 

 

 

PRECISAMOS DE MAIS

“O setor sofreu muito com os últimos dez anos de uma gestão muito desfavorável e agora se encontra numa situação bastante crítica. Eu acho que precisamos de mais do que uma notícia boa para retomar investimentos e crescimento. No máximo a gente pode ver uma melhora marginal, mas não uma melhora expressiva. Então o setor tem que ter muita cautela. Precisamos de muita coisa para reverter esse cenário desfavorável do mercado.”

Fábio Venturelli, presidente da São Martinho

 

MAIS CONFIANÇA

“A retomada do crescimento econômico traria um novo incentivo para todos os ramos da economia e com o nosso setor não é diferente. Com uma economia mais robusta, os investimentos retornariam, a confiança do consumidor aumentaria e os reflexos seriam grandes. Pensando exclusivamente no nosso setor, poderíamos imaginar um consumo maior de combustíveis, com aumento também no etanol. Dependemos de políticas públicas para que o setor volte a crescer e gerar divisas, mas a retomada do crescimento da economia já seria um bom começo.”

Bruno Rangel Geraldo Martins, presidente da Socicana

 

Mário Campos,
presidente da Siamig

GERA OPORTUNIDADES

“O SETOR TEM TRÊS PRODUTOS. O AÇÚCAR NÃO TEM MUITA VARIAÇÃO EM TERMOS DE CONSUMO DE ACORDO EM FUNÇÃO DO COMPORTAMENTO DA ECONOMIA, MAS SIM COM O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO. JÁ O CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS E ENERGIA ELÉTRICA ESTÁ LIGADO AO CRESCIMENTO ECONÔMICO, INCLUSIVE, OBSERVA-SE QUE NOS ÚLTIMOS ANOS O CRESCIMENTO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS SUPERA O CRESCIMENTO DO PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO), E COM CERTEZA SE HOUVER UM CRESCIMENTO ECONÔMICO OCORRERÁ UMA DEMANDA ADICIONAL POR COMBUSTÍVEIS E PELO ETANOL DA MESMA FORMA COMO A BIOELETRICIDADE. A VOLTA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO GERA OPORTUNIDADES PARA O SETOR, CONTUDO, ACREDITO QUE O RETORNO DO INVESTIMENTO SERÁ REVERTIDO PARA O AUMENTO DE PRODUTIVIDADE. MUITOS GRUPOS SE VOLTARAM PARA DENTRO PARA TENTAR GANHAR PRODUTIVIDADE NO CANAVIAL E OFERTAR UMA MAIOR PRODUÇÃO AO MERCADO. NÃO ACREDITO NESTE MOMENTO EM INVESTIMENTOS EM GREENFIELDS E NOVAS USINAS.”

 

Renato Cunha,
presidente do
Sindaçúcar-PE

 

POLÍTICA PARA BIOCOMBUSTÍVEIS

“Além da melhoria do ambiente de negócios é imprescindível uma política para os biocombustíveis. Faltam decisões que estimulem o equilíbrio na matriz veicular.”

 

 

 

SETOR PRECISA DE POLÍTICAS

“Não necessariamente. É preciso adotar uma política energética de Estado, como é o Renovabio e a tributação da gasolina via o          Cide.”

Alexandre Lima, presidente da AFCP

 

Pedro Robério,
presidente do
Sindaçúcar-AL

 

RENOVABIO

“No momento conturbado da economia mundial e da política fiscal do Brasil, todas as expectativas positivas de retomada se concentram na adoção rápida dos mecanismos abraçados pelo Renovabio.”

 

Caio Carvalho, diretor
da Canaplan

 

RETORNO VIRÁ DAS MEDIDAS DO MME

“Eu não teria dúvida em afirmar que com as medidas desenhadas pelo MME (Ministério de Minas e Energia) para o setor produtivo (Renovabio) e para o automobilístico (Rota 2030), uma retomada de confiança na economia significaria, em médio prazo, expansão.”

 

 

Zeina Latif, economista-
chefe da XP Investimentos

CENÁRIO POLÍTICO TAMBÉM CONTA

“Alguma retomada claro que vem. Temos uma regulação no ambiente macroeconômico com o corte da taxa de juros como consequência desta ‘arrumação’ que deve gerar alguma retomada. Como a política monetária tem defasagens, ou seja, quando o Banco Central mexe na taxa de juros demora um tempo para isso se materializar, algo como dois trimestres para termos um retorno claro, e como o Banco Central começou há pouco tempo, ou seja, foi no primeiro trimestre que a taxa real de juros descontada a inflação começou a cair, isso significa que temos que aguardar o segundo semestre para sentir de fato os sinais na economia. A política monetária funciona, agora é claro que o ambiente atual do país pode fazer com que a mudança seja modesta. A conversa entre os economistas é de que vai funcionar, vai ter uma retomada, no entanto, é difícil dizer o quanto a crise política afeta a confiança do empresário. A política monetária não consegue ter seu impacto pleno em função das incertezas que vem do ambiente político.”

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