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Hidrogênio de etanol é oportunidade para o Brasil, diz executivo da Stellantis

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O vice-presidente de assuntos regulatórios da Stellantis para América do Sul, João Irineu Medeiros, reiterou a estratégia da companhia em apostar no etanol como maneira de descarbonização da sua frota e destacou o potencial brasileiro em carros movidos a hidrogênio por meio da reforma de etanol. A companhia reúne 14 marcas, entre elas Fiat, Citroën, Jeep e Peugeot.

“Essa é uma oportunidade para o país muito importante”, disse o executivo durante o Brazil Green Energy Summit nesta terça-feira, 7, no Rio de Janeiro (RJ). “Existe uma oportunidade futura de um veículo de célula a combustível à base de etanol. Ou seja, processo de reforma, que é retirar o hidrogênio do etanol, passando por uma célula de combustível, gerar energia elétrica e movimentar os motores elétricos do carro”, completou.

Atualmente, a empresa possui uma estratégia de descarbonização no Brasil diferente da do resto do mundo. Na Europa e nos EUA, a companhia planeja que até 2030 suas vendas veículos elétricos sejam de 100% e 50% de participação, respectivamente.

No Brasil, a meta é chegar entre 10 % a 20% de carros elétricos. Segundo Medeiros, o etanol brasileiro, além de ser mais barato, possui emissões de carbono no seu ciclo de vida similar a de um veículo elétrico.

“Começa com uma solução de descarbonização muito barata, que é o carro 100% etanol. A bateria custa metade do carro elétrico. É ainda um investimento muito alto. Uma fábrica custa 4 bilhões de dólares para fazer 700 mil baterias”, diz Medeiros.

A companhia também investe em carros híbridos, elétrico e a etanol. “Depois do 100% etanol, entramos com a Bio-hybridização de 12V e 48V e, depois, nas categorias de custo mais alto, que é o híbrido plug-in, que tem uma bateria intermediária maior, e o 100 % elétrico”.

O executivo lembra que a companhia responde por um em cada três carros vendidos na América do Sul, e que a região representa a frota mais limpa da empresa no mundo. “Pela quantidade de etanol que a gente vende, 36 % da nossa frota roda hoje como se fosse baixo carbono, equivalente a um veículo elétrico”, afirma.

Segundo teste comparativo realizado pela Stellantis, o ciclo de vida de um veículo, do berço ao túmulo, rodando 100% com etanol emite 26 toneladas de C02 equivalente, enquanto rodando 100% elétrico com energia elétrica brasileira emite 23 toneladas CO2 equivalente.

“Aqui tem praticamente um empate técnico entre etanol e energia elétrica. Se ele rodasse na Europa, 100% elétrico, ele emitiria 30 toneladas no ciclo de vida completo dele”, destaca Medeiros.

EPBR/Gabriel Chiappini
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