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Milho: enquanto EUA terá safra recorde, clima no Brasil preocupa
Os contratos futuros de milho em Chicago registraram a terceira queda semanal consecutiva na últtima sexta-feira, 10, com os traders reagindo à previsão do governo de que os agricultores dos Estados Unidos produzirão uma safra recorde este ano.
No Brasil, o clima ainda preocupa e isso tem resultado em diminuição nas negociações envolvendo o milho no mercado interno, conforme aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.
De acordo com colaboradores do Cepea, a chuva em excesso no Sul do país vem reduzindo a expectativa de produtividade e a falta de umidade e a elevada temperatura no Centro-Oeste atrasam a semeadura de soja, o que pode limitar a janela considerada ideal para as atividades envolvendo milho.
“Neste cenário, consumidores estão mais ativos no spot, atentos à possibilidade de redução na oferta e a possíveis reajustes positivos nos preços, enquanto vendedores estão afastados, acreditando em valorização do milho”, afirmam, em nota.
EUA terá safra recorde
O contrato dezembro do milho mais ativo da bolsa de Chicago (CBOT) fechou em queda de 4 centavos, a US$ 4,64 por bushel. Na semana, o contrato caiu 15,5 centavos de dólar, ou quase 2,8%.
A desaceleração ocorreu um dia depois que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) aumentou sua estimativa para a safra de milho 2023/24 do país para 15,234 bilhões de bushels em um relatório mensal, versus 15,064 bilhões em outubro.
“O mercado do milho ainda está lidando com as consequências do relatório de ontem do USDA. Algumas pessoas provavelmente estão pensando que a safra de milho ainda é um pouco maior”, disse o consultor de risco de commodities Dale Durchholz, em Bloomington, Illinois para a Reuters.