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Lucro da Bunge cresce 83,3% e atinge US$ 616 milhões no quarto trimestre de 2023

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A norte-americana Bunge registrou lucro líquido de US$ 616 milhões (US$ 4,18 por ação) no quarto trimestre de 2023, aumento de 83,3% ante o resultado de US$ 336 milhões (US$ 2,21 por ação) em igual período de 2022.

Já o lucro líquido ajustado foi de US$ 3,70 por ação, ante US$ 3,24 por ação obtidos em igual intervalo do ano anterior. Analistas consultados pela FactSet previam um lucro ajustado de US$ 2,81 por ação.

O lucro antes de juros e impostos (Ebit) apresentou avanço de 57% no intervalo avaliado, a US$ 1,043 bilhão, ante US$ 664 milhões em igual período do ano anterior. Já a receita caiu 10,35% no comparativo anual, de US$ 16,66 bilhões para US$ 14,936 bilhões.

Segundo nota da companhia, os resultados do agronegócio somaram US$ 10,955 bilhões no período, queda de 8,6% na comparação anual. As vendas da divisão de óleos especiais e refinados cederam 14,9%, de US$ 4,127 bilhões no quarto trimestre de 2022 para US$ 3,513 bilhões no quarto trimestre de 2023.

O impulso dos resultados da América do Sul, Europa e Canadá não compensaram os resultados mais baixos nos Estados Unidos, “que enfrentaram uma comparação difícil com um ano anterior particularmente forte”, disse a empresa.

Em nota, o CEO da Bunge, Greg Heckman, afirmou que o trimestre “excepcional” contribuiu para que a empresa fechasse um ano que descreveu como “forte”.

Ele destacou, ainda, os investimentos em novas áreas, tecnologias e sustentabilidade, além de ressaltar a combinação com a Viterra para “fortalecer e diversificar” os negócios.

“Olhando para 2024, atualmente esperamos um ambiente de mercado menos robusto do que experimentamos recentemente. Estamos confiantes de que o trabalho estratégico que realizamos para tornar nosso negócio mais flexível e eficiente nos posiciona bem para aproveitar as oportunidades emergentes”, escreveu.

Para todo o ano de 2024, a Bunge prevê lucro ajustado de US$ 9 por ação, excluindo aquisições pendentes. Na área de agronegócios, a empresa espera que os resultados sejam inferiores ao ano passado, principalmente pelo recuo no processamento de produtos.

Em óleos refinados e especiais, a projeção também é de resultados mais baixos ante o ano anterior, refletindo uma mudança no ambiente de oferta, especialmente nos EUA. Já na área de moagem e na categoria corporativas, espera-se resultados superiores na comparação anual.

A companhia prevê, ainda, resultados inferiores em ativos não principais, como a joint venture de açúcar e bioenergia, por causa dos preços mais baixos do etanol no Brasil.

Além disso, a empresa espera uma taxa de imposto efetiva ajustada na faixa de 21% a 25% no ano, despesas líquidas com juros na faixa de US$ 300 milhões a US$ 330 milhões, despesas de capital na faixa de US$ 1,2 bilhão a US$ 1,4 bilhão, e depreciação e amortização de aproximadamente US$ 450 milhões.

Agencia Estado
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