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Marina Silva exalta acordo final da COP28 como “conquista”, mas cobra implementação

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta quarta-feira, 13, que o acordo final alcançado entre os países na COP28 foi uma “conquista”, mas ponderou que os meios para a implementação dos compromissos feitos ainda são insuficientes e precisam ser estabelecidos na próxima cúpula.

Durante coletiva de imprensa ao final da conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), em Dubai, Marina Silva também exaltou o alinhamento dos países em torno da meta de manter o aquecimento do planeta em até 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, clamando como “o grande ganho” da COP28.

“Uma questão importante é o fato que se estabeleceu aqui uma transição para o fim do uso de combustível fóssil”, disse. “São insuficientes os meios de implementação, ainda não temos clareza sobre uma transição justa em que os países desenvolvidos tomam a dianteira, mas consideramos que temos aqui as bases para avançar algo”, acrescentou.

Nesta quarta-feira, representantes de quase 200 países concordaram na COP28 em começar a reduzir o consumo global de combustíveis fósseis para evitar o pior das mudanças climáticas, um acordo inédito que sinaliza o eventual fim da era do petróleo.

O acordo firmado em Dubai, após duas semanas de árduas negociações, tem o objetivo de enviar um poderoso sinal aos investidores e aos formuladores de políticas de que o mundo está unido em seu desejo de acabar com os combustíveis fósseis, algo que, segundo os cientistas, é a última esperança para evitar a catástrofe climática.

Na coletiva, Marina Silva ainda aproveitou para fazer um balanço da participação do Brasil na cúpula climática, afirmando que o país trabalhou para dar concretude aos compromissos firmados no Acordo de Paris e buscar uma “distribuição equitativa” do que foi acordado neste ano.

Ela indicou que as duas próximas conferências do clima – a COP29, no Azerbaijão, e a COP30, em Belém (PA) – serão fundamentais para reunir os recursos necessários à viabilização dos pontos discutidos em Dubai.

“Nós precisaremos agora trabalhar muito fortemente para que haja o necessário balanço entre esse balanço geral que foi feito aqui, os meios de implementação na COP29 e as nossas ambições na COP30”, disse.

A ministra também defendeu que o Brasil não perdeu sua liderança ambiental por conta de debates internos sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial ou pela realização de leilões de petróleo na mesma semana da cúpula climática, afirmando que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua apoiando os processos de licenciamento e os técnicos ambientais.

“O atual governo não cria nenhum constrangimento para os seus técnicos em relação aos processos de licenciamento”, completou.

Reuters/Fernando Cardoso

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