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Mês de maio apresenta queda de 21,5% nas importações de fertilizantes

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O volume de importação de fertilizantes registrou queda no mês de maio de 2023 de 21,5%, se comparado com o mesmo mês de 2022. De acordo com relatório da BBA,  isso se deu por conta do alto volume importado naquele mês do ano passado, período em que as importações globais foram altas por conta das preocupações decorrentes dos conflitos entre Rússia e Ucrânia.

No acumulado de 2023, de acordo com dados da SECEX, as importações de fertilizantes, até o fechamento de maio, também foram 12,1% menores em relação ao mesmo período de 2022. Os principais países exportadores de adubos para o Brasil no acumulado de 2023 foram Rússia, China e Canadá, sendo que a Rússia aumentou a representatividade em volume comparado com o registrado no mesmo período de 2022.

No entanto, o número do volume total importado até maio de 2023, de 12,4 milhões de toneladas, é maior que a média dos últimos cinco anos, que foi de 11 milhões de toneladas.

No mês de maio, as principais origens das importações brasileiras foram Rússia, com 27% do volume total, Canadá com 16% e China com 11%. O cloreto de potássio foi o produto com maior volume no mês, com 1,3 milhão de toneladas, entretanto a quantidade importada desse produto foi 13,6% menor em relação a mai/22. Mesmo com a queda das importações em relação ao ano passado, a oferta de KCl no mercado interno não está comprometida, muito por conta dos altos estoques de passagem do produto no início do ano.

Já no mercado de fosfatados, as importações de MAP, mesmo menores em relação a mai/22, foram 26,8% maiores no acumulado anual contra os primeiros cincos meses de 2022. As grandes chegadas do produto, somadas ao bom estoque de passagem, contribuíram para a grande oferta no mercado doméstico. Assim os preços do fosfatado estão em patamares baixos, com o preço CFR no porto em USD 445/t, no fechamento da última semana.

Quanto às importações de ureia, no acumulado até o fim de maio, o total importado foi de 2,41 milhões de toneladas, queda de 5,9% em relação ao mesmo período de 2022. Mesmo com a queda das compras externas da maioria dos produtos do setor, os altos estoques dos fertilizantes contribuem para a boa oferta no mercado doméstico.

Com os preços em queda dos principais produtos, as relações de troca estão em patamares atrativos. Desse modo, as entregas domésticas podem se recuperar nos próximos meses e serem maiores em relação ao registrado em 2022, fazendo com que o ano de 2023 termine com menores estoques dos produtos.

“Se considerarmos o volume de importação realizado até mai/23, para alcançarmos um montante de entregas ao mercado 7%maior em relação ao registrado no ano de 2022, as compras externas até o final de 2023 terão que atingir 22,6 milhões de toneladas”, afirmam os analistas do BBA.

Relação de troca continua abaixo do mínimo no açúcar

A relação de troca de fertilizantes com a soja é uma das mais atrativas dos últimos anos, após o avanço dos preços em Chicago na última semana (12 a 16/jun) combinado com nova redução das cotações dos insumos.

No MAP e KCl, o indicador está abaixo das mínimas históricas dos últimos 5 anos. Já a relação ao milho, com o pequeno avanço das cotações do milho B3 e o recuo dos fertilizantes, a relação apresentou melhora após à última semana e atualmente está abaixo das médias dos últimos 5 anos.

Já no caso do açúcar, com os preços de açúcar em NY registrando aumentos na última semana, a relação de troca continua abaixo do mínimo histórico para os três macronutrientes.

Maria Vitória Trintim, com informações da Consultoria Agro do Itaú BBA
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