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Milho: preços caem com incertezas sobre produção brasileira

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Os contratos futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia em queda nesta quinta-feira, 8, enquanto o mercado lutava para obter clareza sobre o tamanho da safra brasileira, segundo traders disseram à Reuters.

Os futuros do milho ficaram brevemente positivos – antes de voltarem a cair – com a notícia de que a colheita brasileira pode ser um pouco menor do que o mercado estava esperando, completaram. Tanto o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) quanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziram suas previsões sobre o tamanho da produção da safra de milho do Brasil por conta do clima quente e seco. Assim, o contrato mais ativo do milho na CBOT terminou em queda de 1 centavo de dólar, a US$ 4,3325 por bushel

Clima deve impulsionar a safra da Argentina

As principais regiões agrícolas da Argentina receberão chuvas significativas nos próximos dias e isso deve impulsionar a atual safra de milho do país, de acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC).

Nas últimas semanas, as principais áreas agrícolas do país sofreram condições de seca e altas temperaturas durante o verão do Hemisfério Sul. A potência agrícola sul-americana é um dos principais fornecedores globais de soja, milho e trigo processados, e os rendimentos das principais culturas comerciais são uma importante fonte de moeda forte para as reservas estrangeiras do banco central, que estão esgotadas.

As fortes chuvas no final do ano passado impulsionaram a produção de grãos esperada no país, mas depois, na segunda quinzena de janeiro, vieram condições mais secas e quentes.

O BdeC espera que a colheita de 2023/24 produza 52,5 milhões de toneladas de soja e 56,5 milhões de toneladas de milho.

A bolsa de cereais observou em seu relatório meteorológico semanal que, nos próximos sete dias, a maior parte das terras agrícolas dos pampas argentinos, bem como uma grande faixa de fazendas no vizinho Uruguai, receberão chuvas “entre abundantes e muito abundantes” de 25 a 100 milímetros.

Junto com as chuvas esperadas, as temperaturas na região dos pampas devem cair de níveis acima da média para temperaturas normais típicas do verão, de acordo com o relatório.

No Brasil safra deverá ser menor, segundo Emater

Com 52% da área de milho colhida, o Rio Grande do Sul tem registrado um clima seco, o que favorece os trabalhos de campo. A avaliação é da Emater-RS.

“O decréscimo na umidade relativa do ar propiciou a colheita dos grãos, cujo teor de umidade varia entre 18% e 22%. Essa faixa é considerada adequada e tem resultado em menor quebra de grãos e em debulha mais eficiente na espiga”, disse, em nota.

A produtividade do milho colhido tem variado. Segundo a Emater, há relatos de lavouras de alta tecnologia com resultados superiores a 10 mil quilos por hectare. Em contrapartida, parte das lavouras em situações adversas – como a presença de cigarrinha, de doenças e com tecnologia mais limitada – apresentam produtividade de 3 a 5 toneladas por hectare.

Em termos gerais, de acordo com a Emater, é consenso que a safra será satisfatória, mas inferior à estimativa inicial projetada de 7,414 t/ha.

Informações da Reuters e Agência Estado
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