Home Últimas Notícias MP de Goiás desiste de ações contra usinas de etanol do Estado
Últimas NotíciasUsinas

MP de Goiás desiste de ações contra usinas de etanol do Estado

Foto: Indústria de cana/ ilustrativa
Compartilhar

O Ministério Público de Goiás (MPGO) apresentou pedido de desistência de ações por ato de improbidade administrativa contra usinas de etanol de Goiás e contra o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Mais de 20 empresas estavam envolvidas.

Segundo o advogado do tucano, João Pina, para o jornal Mais Goiás, o MP entrou com diversas ações contra Marconi e empresas do setor sucroenergético, inclusive pedindo o bloqueio de R$ 1 bilhão por supostas irregularidades na concessão de renúncia fiscal, em 2019.

Pina ainda lembra que, em 2012, quando Perillo era governador, ele encaminhou à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) um projeto de lei para alterar a redação do artigo 3º da Lei 13.246/1981. Desta forma, seria autorizado ao chefe do poder executivo a concessão de crédito outorgado de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos industriais do setor de açúcar e etanol. Estes, foram enquadrados no programa Fomentar e Produzir.

“Então, em 2019, o MP entrou com as ações porque o governador pediu a isenção fiscal na Assembleia para atrair essas indústrias, o que foi aprovado. Marconi fez a defesa e já tinha ganhado algumas, pois não há nada de errado. O MP, então, entrou nos processos para pedir a desistência”, detalhou.

Em um dos casos, o Ministério Público diz que “as benesses fiscais foram previstas em lei específica, aprovadas pelo Poder Legislativo, e em obediência ao devido processo legislativo, considerando que não há notícias de questionamentos nesse ponto”. E, ainda, que “a jurisprudência vem tratando o presente tema no sentido de que o ato do gestor público, quando baseado em lei vigente, não configura ato de improbidade administrativa, por ausência de dolo”.

O magistrado Liciomar Fernandes da Silva acatou a desistência e julgou improcedentes os pedidos iniciais. “Não havendo irregularidades na edição dos atos, bem como não reconhecendo a prática de qualquer ato de improbidade administrativa, resta também afastada eventual ocorrência de dano moral difuso e coletivo, razão pela qual, a total improcedência da ação é medida que se impõe”, escreve.

As companhias são (em ordem alfabética de razão social):

  1. Anicuns Álcool e Derivados (em recuperação judicial)
  2. BP Bioenergia Itumbiara
  3. BP Bioenergia Tropical
  4. Brenco Companhia Brasileira de Energia Renovável (em recuperação judicial)
  5. Cambuí Açúcar e Álcool
  6. Cooperativa Agroindustrial Rubiataba
  7. CRV Industrial
  8. Denusa Destilaria Nova União (em recuperação judicial)
  9. Energética Serranópolis
  10. Floresta Açúcar e Álcool
  11. Goiasa Goiatuba Álcool
  12. Jalles Machado
  13. Rio Claro Agroindustrial
  14. São Martinho
  15. SJC Bioenergia (Quirinópolis e Cachoeira Dourada)
  16. Uruaçu Açúcar e Álcool
  17. Usina Goianésia
  18. Usina Nova Gália
  19. Usina Panorama
  20. Usina São Paulo Energia e Etanol
  21. Usina Serra do Caiapó
  22. Vale do Verdão Açúcar e Álcool
  23. Vale Verde Empreendimentos Agrícolas (em recuperação judicial)

Informações do jornal Mais Goiás/Francisco Costa

Compartilhar
Artigo Relacionado
Últimas Notícias

Preço do açúcar cristal segue estável em São Paulo, mas cai no mercado externo

Os preços do açúcar cristal branco seguiram praticamente estáveis no mercado à...

Últimas Notícias

Preço do etanol hidratado em queda, mas fatores de mercado sinalizam estabilização dos valores

O preço do etanol hidratado apresentou mais uma queda no mercado spot...