Em sua primeira declaração pública como diretora de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano (ex-CEO da TBG) reafirmou o interesse da companhia em voltar à produção de etanol. Essa é uma das metas da presidente Magda Chambriard à frente da estatal, e que já tinha sido assumida pelo antecessor de Laureano, Mauricio Tolmasquim.
A diretora indicou que a ideia segue sendo de entrar em uma joint venture com uma empresa de grande porte do setor, assumindo participação minoritária. Ela falou nesta sexta-feira, 8, em entrevista coletiva sobre os resultados financeiros do segundo trimestre.
“O etanol é muito importante. É visto como vetor estratégico de baixo carbono para entrar na nossa carteira. Temos a meta de trabalhar com empresas grandes, buscando parcerias com empresas grandes, que tenham portfólio robusto e caminho para crescermos nesse mercado com participação minoritária”, disse.
Laureano afirmou, também, que o gás natural seguirá sobe a batuta da área de transição por ser o “elo” entre os combustíveis fósseis e os renováveis. Ela citou, ainda, futuros projetos de biometano, metanol, biodiesel e geração de energia elétrica renovável. “Acreditamos piamente nesses projetos”, completou.
Em relação à energia elétrica renovável, a executiva não descartou a comercialização para fora da companhia, para além de projetos internos – como o de descarbonização do suprimento de energia em refinarias – desde que respeitados critérios de rentabilidade. Ela disse, ainda, que está mantida a meta de chegar a uma capacidade de 4,5 GW em renováveis até 2030.
Agência iNFRA| Gabriel Vasconcelos