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Operação de usina produtora de etanol e farelos no RS deve iniciar em 2024

A planta da Be8 tem investimento superior a R$ 1 bilhão e deve suprir 23% da demanda de biocombustíveis do estado.
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O início das operações da usina produtora de etanol e farelos a partir do processamento de cereais como milho, trigo, triticale, arroz, sorgo, entre outros, que será implementada em Passo Fundo (RS) está previsto para a segunda metade do próximo ano. O empreendimento, da companhia Be8, antiga BSBios, vai ter um investimento de R$ 556 milhões.

Quando concluída, a unidade vai processar cerca de 1,5 mil toneladas por dia de cereais e deve representar um incremento de R$ 1,3 bilhão em faturamento anual para o ECB Group (controlador da Be8), gerando 143 novos empregos diretos e aproximadamente 1 mil indiretos.

O presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella, disse em entrevista ao Jornal do Comércio, que a planta será flexível para a produção de etanol anidro ou hidratado e terá capacidade de 220 milhões de litros de etanol.

“É um importante coproduto do processo de fermentação de grãos, com grande potencial de utilização para produção de rações animais destinadas à cadeia de produção de alimentos”, disse em entrevista ao jornal.

A usina vai produzir 155 mil de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal. A unidade contará ainda com a cogeração de energia elétrica a partir da biomassa, com a oferta excedente sendo disponibilizada na rede de distribuição do município. Ainda segundo a companhia, não haverá lançamento de efluentes líquidos, que serão utilizados para produção de vapor no processo de produção.

O presidente da Be8 também observa que o Rio Grande do Sul compra etanol de outras regiões do Brasil. Atualmente, o estado compra 99% de sua demanda de etanol e a nova fábrica deverá suprir 23% dessa necessidade. “Nós, que estamos na cadeia produtiva, com esse investimento, vamos ampliar nossa capacidade de produção de biocombustíveis aqui na região Sul, aderindo ao Pró-Etanol (programa estadual de apoio à cadeia desse produto)”, disse.

Além do novo mercado que se abre na área do etanol, a empresa já possui vasta experiência com outro biocombustível: o biodiesel.

Nesse campo, Battistella enfatiza que a mudança estrutural no modelo de comercialização de biodiesel, que entrou em vigor em 2022, foi um fator positivo, com a substituição dos leilões públicos pela contratação direta entre distribuidores e produtores. “Nessa nova dinâmica de mercado, que confere mais autonomia na negociação das condições comerciais, estamos apresentando um ótimo desempenho”, frisa.

Segundo o executivo, em 2023, a Be8 seguirá concentrada no seu crescimento no Brasil, em países da América Latina e outras regiões. O faturamento consolidado da empresa em 2022 foi de R$ 9,6 bilhões, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Quanto à produção, a companhia se manteve líder do setor no Brasil com um market share de 14,24% e uma produção de 889,11 milhões de litros de biodiesel.

Informações do Jornal do Comércio/Jefferson Klein
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