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Planta de biometano no Paraná recebe R$ 45 milhões em investimentos e amplia capacidade

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 Geo bio gas&carbon anunciou a expansão do potencial produtivo da unidade em Tamboara (PR)

O Paraná deu um salto na oferta de biometano, biocombustível que é um substituto do gás natural e de outros combustíveis fosseis. A Geo bio gas&carbon finalizou as obras de ampliação da usina de Tamboara (PR) após um investimento de R$ 45 milhões. A capacidade de produção de biometano vai passar de 1,5 mil Nm³ ao dia para 36 mil Nm³ ao dia.

“É um combustível verde que pode abastecer empresas, contribuindo para a descarbonização de importantes setores industriais”, afirma o gerente de comercialização e trading da companhia, Diego Alveno.

Em funcionamento desde 2012, a planta é uma parceria com a Coopcana e foi a primeira a realizar a produção comercial de biogás em larga escala no Brasil a partir do processamento de torta de filtro, vinhaça e palha de cana-de-açúcar.

Hoje, o Paraná ocupa o quarto lugar na produção de biogás no Brasil e a vice-liderança em número de plantas instaladas. Pelas contas da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), o estado tem potencial de produção de mais de 2 milhões Nm³ ao dia de biometano.

Nacionalmente, o biogás produzido a partir de cana tem um potencial de potência de 2,1 GW médios até 2032, o suficiente para atender 900 mil residências, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2032) elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Mercado em crescimento

No Paraná, algumas indústrias já estão usando o biometano em substituição a combustíveis fósseis. É o caso da AESA, que fabrica peças automotivas. A empresa, que trocou o GLP pelo biometano conseguiu evitar a emissão de 733 toneladas de CO2 desde outubro de 2022.

Segundo a Geo, a descarbonização da produção tem auxiliado a empresa na atração de novos clientes e na relação com instituições financeiras para obtenção de crédito. Assim, a companhia acredita que a ampliação em Tamboara dá fôlego para que mais empresas substituam o combustível fóssil por um renovável.

“Sustentabilidade é hoje um ativo relevante para qualquer segmento econômico. Descarbonizar os processos produtivos é uma condição para o crescimento do negócio. E o biometano é uma solução competitiva”, afirma Alveno.

Ele relata que a empresa tem mantido conversas com companhias de diferentes segmentos para apresentar o biometano. “É um produto que vem despertando bastante interesse entre empresários. O principal apelo é a possibilidade de descarbonizar seu processo produtivo e oferecer ao cliente um produto sustentável. O consumidor reconhece valor em ativos verdes”, conta.

Potencial

Até 2026, o Brasil deve ser um dos maiores produtores de biometano do mundo, de acordo com um estudo divulgado este ano pela Agência Internacional de Energia (IEA). Desde 2012, o Paraná é um dos poucos estados do Brasil a produzir esse biocombustível, obtido a partir do processamento de resíduos orgânicos.

Segundo a Abiogás, o Brasil deve atingir, em 2030, a produção de 30 milhões de m³ ao dia de biometano, um volume que poderia atender parte da demanda brasileira por diesel. Atualmente, o país conta com seis plantas autorizadas pela ANP, podendo atingir cerca 450 mil m³ ao dia. Ou seja, a capacidade atual de produção é inferior a 2% do potencial.

Até o final de 2024, segundo a Abiogás, deve entrar em operação um volume entre 800 mil e 1 milhão de m³ ao dia, alcançando 6 milhões de m³ ao dia até 2029, com 86 plantas de produção. Para comparação, os Estados Unidos possuem 700 plantas em operação, enquanto a na Europa tem mais de 1 mil.

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