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Edição 196

POR DENTRO DA USINA

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EMPRESA DE ECONOMISTA DO PLANO REAL FAZ PROPOSTA ÚNICA PARA COMPRAR USINA

A empresa Pedra Angular Açúcar e Álcool Participações e Administração, que representa um grupo formado por três investidores brasileiros, apresentou a única proposta de compra da Usina São Fernando, localizada em Dourados, Mato Grosso do Sul. Com pelo menos mil funcionários e responsável em injetar R$ 50 milhões na economia local em sete meses, a usina pertencia à família do pecuarista José Carlos Bumlai, condenado na Operação Lava Jato.

A Pedra Angular representa um grupo de investidores formado pelo economista Winston Fritsch, que integrou a equipe do Plano Real em 1993 no governo Itamar Franco, Rodrigo Aguiar, que presidiu a Tonon Bioenergia e trabalhou em bancos, e Paulo Vasconcellos, também do mercado financeiro e fundador da Energias.

Essa é a segunda tentativa de venda da São Fernando. A primeira ocorreu no dia 20 de setembro, quando foi fixado valor de R$ 716 milhões para a venda, mas nenhuma proposta foi apresentada. Nessa segunda tentativa não houve valor mínimo estipulado.

FS BIOENERGIA TERÁ 2ª USINA DE ETANOL DE MILHO EM MT

A FS Bioenergia, que construiu a primeira usina de etanol 100% de milho do Brasil anunciou que implantará uma segunda unidade de produção do biocombustível a partir do cereal em Mato Grosso, que deverá receber investimentos de R$ 1 bilhão. A usina, em fase de licenciamento, terá capacidade de produção de 680 milhões de l de etanol por ano e será construída em Sorriso, MT, município líder na produção de grãos do Brasil.

O empreendimento deverá dar mais uma opção de comercialização para os agricultores locais. “A região de Sorriso e o Estado do Mato Grosso, como um todo, são extremamente importantes e estratégicos para a FS Bioenergia. Além disso, queremos ser a oportunidade de compra de milho e biomassa confiável e de qualidade para esses produtores”, disse presidente-executivo da FS Bioenergia, Henrique Ubrig. Prevista para ocupar uma área maior que a primeira unidade de etanol da FS Bioenergia, situada em Lucas do Rio Verde, MT, a usina de Sorriso poderá processar 1,8 milhão de t do cereal por ano, produzindo também 500 mil t de farelo de milho e 20 mil t de óleo de milho.

RAÍZEN COM SEDE PARA INVESTI

A Raízen Energia decidiu reforçar os caixa de investimentos previstos para a safra 2017/18. O aporte, decidido em novembro, será de R$ 200 milhões. O total de investimentos previstos é cerca de R$ 2,6 bilhões.

Parte dele, R$ 823 milhões, será gasto para pagar as duas usinas compradas da Tonon Bioenergia, negócio realizado em julho. As unidades, localizadas em Bocaina e Brotas têm capacidade para moer 5 milhões de t de cana-de-açúcar por safra. Outro investimento será ao tratamento e renovação dos 60 mil ha de canaviais das usinas. Também deve haver desembolsos para a manutenção preventiva e troca de máquinas agrícolas.

INVESTIMENTO DA SÃO MARTINHO PARA CORTAR CUSTO TERÁ EFEITO EM 2019/20

Os investimentos que a São Martinho está fazendo desde o início da safra atual (2017/18) em novas técnicas de plantio e no monitoramento das lavouras com informatização deverão começar a reduzir os custos operacionais a partir da safra 2019/20, afirmou Felipe Vicchiato, diretor financeiro da companhia.

Em janeiro, a companhia iniciou o plantio de mudas pré-brotadas (no lugar do plantio direto de toletes de cana) conjugado com a técnica de meiosi (que intercala linhas de pés de cana com outras culturas). Levará ainda 18 meses para que essa cana possa começar a ser colhida.

A empresa ainda avalia ampliar o plantio de cana, o que implicaria uma área menor de colheita para a safra 2018/19. O executivo ressaltou que o impacto em termos de redução de volume de cana a ser processado seria em torno de 1%. Para garantir um eventual aumento do plantio, o investimento em bens de capital (Capex) aumentaria entre R$ 30 milhões e R$ 35 milhões.

ARALCO VAI RECEBER APORTE DA SUCDEN

A sucroalcooleira Nova Aralco espera pela homologação do aditivo a seu plano de recuperação judicial para receber um empréstimo de US$ 42 milhões da trading francesa Sucden. A companhia, em recuperação judicial desde 2016, dará em garantia contratos de pré-pagamento de exportação de açúcar e até 51% de participação em seu capital. Dos R$ 420 milhões e US$ 290 milhões em dívidas envolvidas na recuperação, foram pagos R$ 60 milhões.

O empréstimo foi a alternativa encontrada pela Nova Aralco para evitar o descumprimento de seu primeiro plano de pagamento aos credores, aprovado em 2016. Isso porque a previsão de fluxo de caixa daqui para frente não era suficiente para garantir as próximas parcelas, segundo Carolina Merizio, sócia da Capital, administradora judicial da empresa. Na safra 2017/18 a Nova Aralco processou 3,8 milhões de t de cana.

O financiamento foi incluído em um aditivo ao plano e aprovado em assembleia de credores em 30 de janeiro. Com o aporte, a Nova Aralco adiantará o pagamento a vários credores, mas com cortes nos valores devidos. Aos credores com garantia real, o deságio será de 79%, e aos credores sem garantia, de 93,4%. Não haverá descontos para os credores trabalhistas, micro e pequenas empresas e fornecedores.

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