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Edição 183

Por dentro da usina

Publicado

em

Natália Cherubin

NOVA USINA COMEÇA A OPERAR EM GOIÁS

No mês de julho, a Usina Santa Clara, localizada em Montes Claros de Goiás, no Noroeste Goiano, iniciou sua primeira safra. A nova unidade é um dos empreendimentos do Grupo Sada, que já possui a Usina Sada, no município de Jaíba, no Norte de Minas Gerais.

Já considerada exemplo em produção, a usina gera 720 empregos e a previsão é de que chegue a moer 4 milhões de t de cana-de-açúcar por safra, atendendo assim, a demanda do país e até do exterior.

ADMINISTRADORA JUDICIAL PEDE a FALÊNCIA DA USINA SÃO FERNANDO

A administradora judicial que está acompanhando o processo de recuperação judicial da Usina São Fernando, controlada pelos filhos do empresário José Carlos Bumlai, preso no âmbito das investigações da Lava-Jato, solicitou que o juiz responsável pelo caso, Jonas Hass Silva Junior, da 5ª Vara Cível de Dourados, MS, decrete a falência da companhia ou convoque imediatamente uma nova assembleia de credores.

A usina tem dívidas de quase R$1,1 bilhão, segundo novo levantamento da administradora VC Consultoria e Perícia, e desde o início de 2015 vem descumprindo os pagamentos conforme aprovado na última assembleia, em 2013. “A usina não está conseguindo superar a crise e está processando um volume de cana muito abaixo da sua capacidade”, afirmou Pedro Coutinho, advogado da administradora.

Se o juiz aprovar o pedido, os atuais gestores são afastados e substituídos pela administradora, que dá início a um novo processo de classificação dos créditos. Nesse caso, os credores não participam das negociações, como ocorre na recuperação judicial. Para a consultoria EXM Partners, que está fazendo o estudo, o pedido foi feito para precipitar a realização da assembleia, que foi suspensa em março a pedido do BNP Paribas, um dos credores. A realização de uma assembleia depende agora apenas de uma decisão do juiz.

Segundo Angelo Guerra Netto, sócio da EXM Partners, a proposta de leilão da usina está sendo discutida com os credores e deverá ser apresentada em uma eventual nova assembleia. Também está sendo avaliada a possibilidade de propor aos credores que eles troquem os créditos que têm a receber por participação acionária na usina. Ao pedido de falência protocolado pela administradora se somam outros que foram feitos por diversos credores, dentre os quais o BNDES, que tem R$268 milhões a receber da São Fernando e está há mais de dois anos sem receber pagamentos.

RAIZEN EXPANDE OPERAÇÕES NO TRIÂNGULO MINEIRO

A Raízen elevou sua presença no Triângulo Mineiro, considerada uma localização estratégica para a distribuição de combustíveis. A praça recebeu incremento operacional da empresa licenciada da marca Shell por meio da expansão em terminais para distribuição de combustíveis e da inauguração de um ponto de abastecimento para aeronaves.

O plano executado contemplou a expansão do terminal para distribuição de combustíveis operado em Uberlândia, MG. Após a conclusão das obras, o terminal deve ganhar um aumento de 67% em capacidade de tancagem, podendo armazenar até 20 mil m³ de combustíveis.

“No que se refere ao suprimento de derivados claros (gasolina e diesel) no Triângulo Mineiro, a Raízen abastece a região com produto também recebido pelo sistema de dutos desde a refinaria de Paulínia. O recebimento de derivados de petróleo via duto traz eficiência no transporte desses produtos se comparado a outros modais”, ressalta o diretor de Novos Negócios e Infraestrutura da Raízen, Nilton Gabardo.

No total, os investimentos realizados pela empresa são avaliados em R$31 milhões e aumentam a representatividade da companhia na região.

RENUKA REALIZA MUDANÇAS EM SUA GESTÃO

A Renuka do Brasil, que controla duas usinas em São Paulo e está em recuperação judicial, acata as novas exigências dos bancos credores. Uma delas é a mudança da gestão da empresa, que deverá passar a ser liderada por uma diretoria independente, com mandato temporário.

Os bancos, que têm mais de R$60 milhões a receber da companhia, somadas as dívidas em moeda nacional e em dólar querem que uma nova gestão substitua a atual 60 dias após aprovado o plano de recuperação judicial. Os novos diretores seriam indicados pelos credores e ratificados pelo conselho de administração, formado pelos acionistas Shree Renuka Sugars, companhia indiana que tem participação majoritária na empresa brasileira, e o grupo Equipav, que é minoritário.

Segundo Tony Rivera, diretor jurídico da Renuka do Brasil, a empresa propôs que apenas a gestão da Madhu fosse independente, mas não a da Revati, que continuaria com os acionistas. Mas os bancos não aceitaram. Em assembleia anterior, a companhia e os credores haviam concordado com a proposta de leiloar a Usina Madhu para amortizar parte da dívida da companhia, que está em cerca de R$2,3 bilhões.

Além disso, caso o leilão da Usina Madhu não levante recursos considerados suficientes pelos bancos para abater uma determinada parcela da dívida que está em suas mãos, estes exigem que os acionistas da Renuka do Brasil cubram a diferença com recursos próprios ou coloquem à venda sua segunda unidade, a Usina Revati. Dessa forma, a usina formaria uma nova unidade produtiva isolada (UPI), que iria a leilão judicial.

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