Com mais de R$ 1 bilhão já captados por meio de um consórcio entre grupos do setor sucroenergético, a Prata Bioenergia confirma a construção de uma nova usina no município de Prata (MG), no Triângulo Mineiro. O investimento marca o primeiro projeto greenfield do setor em Minas Gerais em mais de uma década e representa um marco de modernização e sustentabilidade para a indústria brasileira de açúcar, etanol e bioenergia.
A previsão é que as obras comecem em janeiro de 2026, com início da operação programado para 2028. A unidade terá capacidade inicial para moer 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, podendo atingir 3,2 milhões já no segundo ano de funcionamento.
O projeto nasce da fusão entre três empresas: o Grupo Boa Esperança, tradicional produtor da região, o Grupo Queiroz e Queiroz Bioenergia e a JP Andrade Agropecuária – ambos proprietários da Usina Cerradão, em Frutal (MG).
O projeto da Prata Bioenergia também contou com apoio do Governo de Minas Gerais, por meio da InvestMinas, que participou da articulação de áreas, licenciamento ambiental e tratativas com a Cemig. O município de Prata foi escolhido por sua altimetria favorável, solo fértil e logística privilegiada, tornando-se um polo estratégico para a distribuição de biocombustíveis e derivados.
Além da produção de açúcar, etanol, bioenergia e levedura, o projeto prevê a produção agrícola de soja e amendoim, reforçando o modelo agroindustrial integrado. A expectativa de faturamento anual é de R$ 1,07 bilhão em 2029/30, com lucro estimado de R$ 825 milhões já no primeiro ano de operação.
Usina 100% estruturada em tecnologia
A Prata Bioenergia será a primeira usina de cana do país a nascer 100% estruturada em tecnologia, com uso intensivo de inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT) e big data para gestão integrada, desde o campo até a indústria. Segundo Alessandra Balbo Di Sicco, da Senior Sistemas, a usina representa o que há de mais moderno no setor.
“A digitalização será total, permitindo maior produtividade, controle e sustentabilidade. Inclusive, pequenos e médios produtores que participarem do ecossistema da usina também terão acesso a essas tecnologias”, afirma.
Ainda de acordo com a especialista da Senior Sistemas, para que novas oportunidades no mercado de biocombustíveis se convertam em lucratividade, o setor precisaria de “um choque de modernização”, com a inserção de IA, internet das coisas (IoT) e big data.
“O setor sucroenergético é vasto e complexo. Ele envolve desde os fornecedores de matéria-prima até a industrialização e comercialização dos produtos. Por isso, o mercado busca uma plataforma de gestão digital que centralize todas as operações em um único sistema”, afirma Di Sicco.
Segundo ela, a demanda vinda das usinas é por uma solução completa e integrada, onde todos os processos se conectem de forma eficiente e ágil. “O que o mercado procura é uma plataforma inteligente, que combine funcionalidades avançadas com uma experiência de uso intuitiva e agradável”, acrescenta.
A chefe comercial ainda ressalta os agentes inteligentes não estão restritos às grandes indústrias. Pequenos e médios produtores que adotam esse tipo de tecnologia também podem obter maior controle sobre o plantio, tratos culturais e colheita, visando aumentar a produtividade e reduzir custos.
Com informações da Senior Sistemas