Os preços do açúcar sofreram uma queda acentuada na quinta-feira, impulsionados pela valorização do dólar. O índice do dólar atingiu seu nível mais alto em duas semanas, resultando em uma grande onda de liquidação nos contratos futuros do açúcar.
O contrato de açúcar bruto com vencimento em outubro recuou 0,3 centavo de dólar, ou 1,8%, fechando a 16,26 centavos de dólar por libra-peso. Já o contrato mais negociado de açúcar branco registrou uma queda de 1,4%, encerrando a US$ 485,80 por tonelada.
No início da semana, os preços do açúcar haviam mostrado uma alta, impulsionada por preocupações sobre a possível redução na oferta global. O Paquistão anunciou que importará 500 mil toneladas de açúcar, e as Filipinas também planejam importar 424 mil toneladas.
No entanto, a Czarnikow prevê um excedente global de açúcar de 7,5 milhões de toneladas para a temporada 2025/26, o maior em oito anos. Esse excedente não deve impactar negativamente os preços, segundo a análise.
Apesar disso, a ameaça de tarifas de 50% anunciadas por Donald Trump não gerou grande preocupação entre os comerciantes. Muitos argumentam que o Brasil não exporta grandes volumes de açúcar para os Estados Unidos.
Em outro movimento relevante, a Suedzucker, maior produtora de açúcar da Europa, divulgou uma queda de 85% em seu lucro operacional trimestral, impactada pelos preços baixos do açúcar na União Europeia, conforme dados divulgados nesta quinta-feira.
Informações da Barchart e Reuters