Os preços do açúcar fecharam mistos na terça-feira. O avanço da produção de açúcar na Índia está limitando o potencial de alta dos preços. O contrato de açúcar bruto com vencimento em março de 2026 fechou a 14,82 centavos de dólar por libra-peso. O açúcar branco, por sua vez, caiu 0,7%, para US$ 422,60 a tonelada.
Na última segunda-feira, a Indian Sugar Mill Association (ISMA) informou que a produção indiana de açúcar entre outubro e novembro saltou 43% na comparação anual, para 4,11 milhões de toneladas. A ISMA também relatou que 428 usinas de açúcar na Índia estavam moendo cana em 30 de novembro, ante 376 no ano anterior.
A perspectiva de produção recorde no Brasil também pressiona as cotações. A Conab elevou, em 4 de novembro, sua estimativa para a produção brasileira de açúcar em 2025/26 para 45 milhões de toneladas, acima da previsão anterior de 44,5 milhões. Na última segunda-feira, a Unica informou que a produção de açúcar do Centro-Sul na primeira metade de novembro cresceu 8,7% em relação ao ano anterior, totalizando 983 mil toneladas. No acumulado da safra 2025/26 até meados de novembro, a produção do Centro-Sul avançou 2,1% e atingiu 39,179 milhões de toneladas.
Notícias recentes de que o Ministério de Alimentos da Índia está considerando elevar o preço do etanol usado na mistura com gasolina são positivas para o açúcar, pois podem incentivar usinas indianas a direcionar mais cana para a produção de etanol, reduzindo assim a oferta de açúcar.
Os preços também encontram suporte desde 14 de novembro, quando o Ministério de Alimentos da Índia informou que permitirá a exportação de 1,5 milhão de toneladas de açúcar na temporada 2025/26, abaixo das estimativas anteriores de 2 milhões. A Índia introduziu um sistema de cotas para exportações de açúcar em 2022/23 após chuvas tardias reduzirem a produção e limitarem o fornecimento doméstico.
Com informações da Barchart

