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Preços do açúcar recuam com projeção de superávit global e produção recorde no Brasil

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Os preços do açúcar voltaram a cair na sexta-feira (7), com o contrato negociado em Londres atingindo o menor nível em quatro anos e nove meses. O movimento reflete a expectativa de ampla oferta global, que tem pressionado as cotações nas principais bolsas internacionais.

O contrato do açúcar bruto com vencimento em março de 2026 caiu 0,6%, para 14,10 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido brevemente o menor nível em cinco anos, de 14,04 centavos de dólar por libra-peso, na semana. Por sua vez, o contrato mais ativo de açúcar branco caiu 0,8%, para US$ 409,60 por tonelada.

Na quinta-feira (6), o açúcar em Nova York também havia recuado para o patamar mais baixo em cinco anos, influenciado pelo aumento da produção no Brasil e pelas projeções de superávit mundial.

De acordo com a trading Czarnikow, o excedente global de açúcar na safra 2025/26 deve atingir 8,7 milhões de toneladas, alta de 1,2 milhão em relação à estimativa anterior, feita em setembro. A perspectiva de produção recorde no Brasil reforça o viés de baixa para os preços.

Na última terça-feira, a Conab revisou sua previsão de produção brasileira de açúcar para a safra 2025/26, elevando o número de 44 milhões para 45 milhões de toneladas. Já a Unica informou que, na primeira quinzena de outubro, a produção de açúcar do Centro-Sul somou 2,484 milhões de toneladas, um avanço de 1,3% sobre o mesmo período do ano passado.

O mix açucareiro também aumentou, com 48,24% da cana processada destinada à fabricação de açúcar, contra 47,33% em igual período de 2024. Com isso, a produção acumulada do Centro-Sul até meados de outubro na safra 2025/26 alcançou 36,016 milhões de toneladas, alta de 0,9% em relação ao ciclo anterior.

A consultoria Datagro também projeta um novo avanço da produção. Em relatório de 21 de outubro, a empresa estimou que o Centro-Sul deve produzir 44 milhões de toneladas de açúcar na safra 2026/27, o que representaria um crescimento de 3,9% sobre o ciclo anterior e um recorde histórico.

Além do Brasil, a Índia, segundo maior produtor mundial, também deve contribuir para o aumento da oferta global. A Associação das Usinas de Açúcar da Índia (ISMA) elevou sua estimativa para a produção indiana em 2025/26 de 30 milhões para 31 milhões de toneladas, um acréscimo de 18,8% na comparação anual.

A entidade também reduziu sua previsão de uso de açúcar na produção de etanol, de 5 milhões para 3,4 milhões de toneladas, o que pode aumentar a disponibilidade para exportações, ampliando a pressão sobre os preços internacionais.

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