Os preços do açúcar na quinta-feira se estabeleceram em forte queda, já que as tarifas recíprocas do presidente Trump levaram a um sentimento de aversão ao risco na maioria dos mercados de ativos e preocupação com a demanda por commodities.
Trump impôs uma tarifa básica de 10% sobre todas as importações dos EUA do Brasil, elevando o máximo para mais de 50% para alguns países e desencadeando turbulência nos mercados mundiais.
Além disso, a queda de 6% no petróleo bruto WTI de quinta-feira para uma mínima de 3 semanas prejudicou os preços do açúcar. A fraqueza nos preços do petróleo bruto prejudica os preços do etanol, o que pode levar as usinas de açúcar do mundo a desviar mais moagem de cana para a produção de açúcar em vez de etanol, aumentando assim os suprimentos de açúcar.
Os contratos futuros do açúcar bruto com vencimento em maio recuaram 0,48 centavo de dólar, ou 2,5%, para 19,11 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos de açúcar branco com vencimento em maio caíram US$ 9,10, ou 1,6%, para US$ 543,80 por tonelada.
A força do real brasileiro, no entanto, conteve as perdas no açúcar. O real subiu na quinta-feira,03, para uma alta de 5 meses e meio em relação ao dólar, desencorajando as vendas de exportação dos produtores de açúcar do Brasil. Chuvas acima da média para o Brasil também foram fatores de baixa para os preços de acordo com análise da Barchart.