O preço do etanol, diante da alta dos combustíveis, que tiveram reajuste pela Petrobrás, apesar de necessário para evitar escassez, poderá subir ainda mais, de acordo com o presidente da Raízen, maior grupo sucroenergético do mundo à Reuters.
Apesar da pressão política, a Petrobras elevou os preços da gasolina em 18,8% na semana passada e os preços do diesel em 24,9%. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro criticou os aumentos, mas disse que não interferiria na política de preços. “Foi uma mudança necessária da Petrobras, caso contrário o Brasil teria alguma situação de escassez de combustíveis”, disse o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, no intervalo de um evento do setor de açúcar nos Emirados Árabes Unidos.
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Sem preços competitivos, as importadoras têm dificuldades de importar derivados de petróleo para ajudar o Brasil a garantir o abastecimento. Para Mussa, há um espaço para um novo aumento nos preços dos combustíveis no Brasil com base na volatilidade dos mercados internacionais. Além disso, mesmo que o país, tradicionalmente forneça um colchão de oferta para o mercado de açúcar em tempos de escassez, a forte demanda por etanol limitaria a capacidade do país fazê-lo no futuro.
