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Presidente da Tereos diz que não teve intenção de criticar agricultura do Brasil

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Olivier Leducq, presidente global da Tereos, maior cooperativa francesa de produção de açúcar e bioenergia com forte atuação também no Brasil, disse que não teve a intenção de criticar a agricultura brasileira ao criticar o acordo entre União Europeia e Mercosul, mas manteve sua posição de que o documento, como está desenhado hoje, é prejudicial aos agricultores franceses.

A Tereos tem 12 mil agricultores cooperados na França que produzem beterraba, trigo, milho, cana, entre outros, e ainda está presente em outros 16 países. No Brasil, a empresa é dona da marca de açúcar Guarani e uma das maiores produtoras de cana do país.

Segundo ele, “alguns termos usados no post [em que criticou o acordo comercial] geraram uma confusão e desviaram a atenção do tópico. Eu não tive intenção de criticar a agricultura brasileira”. “A qualidade e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro é indisputável”, afirmou Leducq, em postagem feita em sua conta no LinkedIn.

Ele reiterou, porém, que o acordo UE-Mercosul, como está hoje, “coloca riscos significativos para nossas rendas” enquanto agricultores franceses. “As restrições e regulações impostas sobre eles [produtores franceses] são muito restritivas, o que mina sua competitividade contra players internacionais que enfrentam regras diferentes”, ressaltou.

Ele concluiu pedindo que a UE “garanta coerência entre suas ambições ambientais e uma política comercial que garanta os melhores interesses dos agricultores locais, enquanto continua a atender as necessidades essenciais dos consumidores europeus”.

Globo Rural/Camila Souza Ramos

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