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Produção de açúcar deve ter queda anual de 43,7% na 2ª semana de novembro

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A produção de açúcar no Centro-Sul deve totalizar 793,5 mil toneladas na segunda semana de novembro, marcando uma redução de 43,7% em relação ao ano anterior, de acordocom a S&P Global Commodity Insights. A pesquisa, que teve participação de 24 analistas, foi publicada ontem, 9.

“A segunda semana de novembro não foi tão chuvosa quanto a primeira metade do mês, potencialmente indicando melhores condições de colheita, apesar de um número reduzido de usinas moendo”, disse a analista de açúcar da consultoria, Bianca Guimarães.

Ela detalha que este período é crítico para determinar quantas usinas cessarão as operações ou continuarão moendo na primeira metade de dezembro, o que pode esclarecer a quantidade de cana bisada a ser deixada para a moagem de março de 2025.

Assim, a estimativa de processamento de cana para a segunda metade de novembro variou de 8,77 milhões de toneladas a 18,8 milhões de toneladas, com a média total de moagem de cana estimada em 15,48 milhões de toneladas. O volume representa uma queda de 35,5% ano a ano.

“Notavelmente, discrepâncias significativas permanecem nas estimativas à medida que nos aproximamos do que pode ser a penúltima semana de moagem. As estimativas de cana variam de um mínimo de 8,77 milhões de toneladas a um máximo de 18,8 milhões de toneladas — uma variação substancial de 10 milhões de toneladas”, explica Guimarães.

“Da mesma forma, a mistura de açúcar tem uma ampla variação de 39,1% a 44,9%, resultando em uma variação de 5,8 pontos percentuais”, completa.

A proporção de cana usada para produção de açúcar deve ser de 42,31%, abaixo dos 46,54% do ano anterior, ainda segundo a pesquisa.

“Os produtores estão mais otimistas do que os não produtores em relação à moagem de cana e à mistura de açúcar, estimando uma produção média de açúcar em 849 mil toneladas, em comparação com 736 mil toneladas para os não produtores”, disse Guimarães. “No entanto, os produtores têm uma visão mais pessimista sobre o ATR em comparação aos não produtores”, ponderou.

Já o açúcar recuperável por tonelada de cana-de-açúcar, ou ATR, deve ser de 127,20 kg/t, queda de 4% em relação ao ano anterior.

Etanol

A Platts, área parte da S&P Global Commodity Insights, avaliou os preços físicos do mercado à vista do etanol hidratado base Ribeirão Preto convertido em açúcar bruto equivalente a 13,61 centavos de dólar por libra-peso em 9 de dezembro. O contrato futuro de açúcar NY nº11 de março fechou em 21,50 centavos de dólar por libra-peso em 9 de dezembro, marcando um prêmio de 7,89 centavos sobre o preço do etanol hidratado expresso em açúcar bruto equivalente.

Além disso, a pesquisa mostrou que a produção total de etanol de cana-de-açúcar e milho é esperada em 1,02 bilhão de litros, queda de 18,7% em relação ao ano anterior.

“Para o etanol, a variabilidade também é notável. A diferença do anidro entre as estimativas máximas e mínimas é de 228 milhões de litros, o que é bastante significativo em comparação com uma média de 375 milhões de litros. A estimativa média para o hidratado é de 688 milhões de litros, com um delta de 254 milhões de litros entre os valores máximos e mínimos”, disse Guimarães.

A produção de etanol hidratado de cana-de-açúcar e milho é esperada em 674 milhões de litros, de acordo com a média de respostas dos analistas à pesquisa. Esse volume marcaria uma queda de 14,2% na comparação anual. Já a produção de etanol anidro de cana-de-açúcar e milho na segunda quinzena de novembro foi estimada em 347 milhões de litros, queda de 26,1% na comparação anual, de acordo com a consultoria.

S&P Global Commodity Insights

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