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Reforma do canavial: novas tecnologias podem trazer aumento de TCH

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Com o primeiro período da safra de cana terminando, é hora de avaliar o canavial e planejar as áreas que deverão ser renovadas para a próxima temporada.

Para fazer a análise dos custos de reforma do canavial (incluindo cana planta e cana soqueira) é preciso avaliar também a produtividade atual antes de definir o caminho a seguir.

Decisão de reforma do canavial tomada, a rotação de culturas aparece como importante aliada, já que mantém a cobertura do solo e contribui para melhorar suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Soja, amendoim e Crotalaria juncea são “adubos verdes” cada vez mais utilizados na rotação com a cana.

Especialistas recomendam alguns cuidados para não errar na reforma do canavial. Entre esses pontos de atenção estão a escolha da variedade de cana que melhor se ajusta às características da região e tipo de solo – aliás, é muito importante fazer a análise do solo; fazer a reforma por partes e não em 100% da área ao mesmo tempo.

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Nesse cenário, ganha cada vez mais importância o sistema de plantio de Meiosi (Método Inter rotacional Ocorrendo Simultaneamente) e o uso de MPB (Muda Pré-brotada), devido aos ganhos que oferece, como menor custo operacional, cana-muda com desenvolvimento mais rápido e maior sanidade.

O sistema mais comum de utilização de culturas em rotação ou reforma envolve operações como a retirada da cana, destruição da soqueira, calagem, preparo do solo, plantio da cultura anual, colheita e novo plantio de cana, logo em seguida.

É neste período em que há também atenção especial ao manejo das plantas daninhas. Nesse caso, é preciso selecionar com cuidado os controles que serão utilizados. “Dê preferência a fornecedores com histórico de prestação de serviços e produtos de alta qualidade, resultados da mais moderna tecnologia disponível”, destaca Luciano Almeida, engenheiro agrônomo, especialista em gestão empresarial e supervisor de marketing para cana e florestas da UPL Brasil.

Contribui cada vez mais para o sucesso do plantio o uso de bioestimulantes, que contribuem para acelerar o desenvolvimento fisiológico das plantas, aumento da CTC (Capacidade de Troca de Cátions) do solo, melhoria de enraizamento, aumento da absorção de água e de nutrientes pelas plantas, bem como melhoria da resistência ao estresse hídrico e aos efeitos residuais de herbicidas no solo, aumentando o perfilhamento do canavial e sua longevidade, além de diminuir falhas, proporcionar aumento da produtividade e a consequente redução de custos.

O aumento da produtividade está diretamente ligado ao uso de novas tecnologias. Elas estão aí para ajudar os agricultores a obter melhores resultados em suas culturas. Segundo Gaspar Korndorfer, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), quanto melhor for o programa de nutrição maior será a expectativa de produtividade.

“Estamos numa situação em que a margem de lucro para o uso de insumos, como fertilizantes e fisioativadores, é bastante positiva. Com as tecnologias disponíveis é perfeitamente possível impulsionar a produtividade, mas para isso precisamos fornecer os nutrientes em quantidades adequadas e no tempo certo, além de usar bioestimulantes”, afirma o professor.

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Ainda de acordo com o especialista, assim como os fertilizantes, os fisioativadores podem contribuir para a nutrição da cana. “Com o desenvolvimento da biotecnologia (biologia molecular), bioquímica e fisiologia vegetal foi possível a síntese e obtenção de novas moléculas, de comprovado efeito fitotônico, as quais podem oferecer proteção a muitos efeitos bióticos e abióticos nas plantas. Os bioestimulantes são moléculas sinalizadoras, naturalmente presentes nas plantas em concentrações muito baixas, capazes de influenciar a atividade hormonal das plantas, responsáveis por efeitos marcantes no desenvolvimento vegetal”, explica o especialista da UFU.

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