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Se chuvas persistirem, safra 2023/24 de atingir 595 milhões de t de cana, segundo Canaplan

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De acordo com a consultoria Canaplan, se o ano de 2023 for mais chuvoso que o normal, poderão sobrar cerca de 10 milhões de toneladas de cana-bis

O clima favorável, com expectativa de um ano mais chuvoso, maiores investimentos nos canaviais por parte das usinas e produtores de cana e, mesmo com risco de florescimento dos canaviais, a produção de cana-de-açúcar do Centro-Sul pode chegar a 595 milhões de toneladas na safra 2023/24.

De acordo com a previsão da Canaplan, em evento realizado ontem, 27, a produção pode variar entre 593 milhões de toneladas e 595 milhões de toneladas. O range de produtividade, de acordo com Caio Carvalho, diretor da Canaplan, vai depender de dois cenários que devem variar de acordo com o clima.

Se a safra seguir em um cenário mais “normal”, com seca no inverno, moagem mais acelerada e com maior recuperação do ATR e produtividade, o processamento total deve atingir 593 milhões de t. Já em um cenário mais chuvoso, com inverno mais úmido, com menor qualidade da matéria-prima e atraso na moagem, resultando em mais cana-bis, o Centro-Sul chegaria a 595 milhões de toneladas com cerca de 10 milhões de toneladas de cana-bis.

O volume estimado tanto pra um cenário normal quanto para um mais chuvoso supera em mais de 8% o processamento visto na safra 2022/23, que fechou em 548 milhões de toneladas.

Com um mix de açúcar entre 46% e 46,5%, a Canaplan estima que a região pode produzir de 36 a 36,8 milhões de toneladas de açúcar e de 31,9 a 32 bilhões de litros de etanol, dos quais 6,2 bilhões serão a partir do milho.

A produtividade dos canaviais deve variar entre 80 t/ha, se o ano for mais chuvoso, e 78,5 t/ha no ano considerado normal. A qualidade da cana deve variar entre 138 kg/t e 140 kg/t, a depender da quantidade das chuvas também. Já a área de colheita da safra 2023/24, deve ficar entre 7,38 e 7,55 milhões de hectares, não muito distante dos 7,494 milhões hectares da temporada 2022/23.

Uso de maturadores durante a safra

Durante o evento os especialistas da Canaplan e o professor da Unesp-Dracena, Paulo de Figueiredo, especialista em Fisiologia, destacaram o surgimento do florescimento nos canaviais e a importância de se pensar em ampliar o uso de maturadores.

“Percas com o florescimento o setor vai ter, mas pode ser amenizado, dependendo do comportamento das chuvas. Com uma safra que será mais açucareira, o maturador, que usamos em menor quantidade no início das últimas safras, talvez agora tenha que ser usado não só no início e no final, mas durante toda a safra”, disse Nilceu Cardozo, consultor da Solucrop e Canaplan.

Natália Cherubin para RPAnews

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