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“Sobra entusiasmo no que se refere ao futuro do etanol como uma das soluções relevantes para a descarbonização”, diz executivo da Unica
A participação brasileira no Salão do Automóvel da Ásia, AutoExpo 2023, que ocorreu na última semana, teve um pavilhão exclusivo para o Etanol e que contou com a participação da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar e Bioenergia), APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool) e visita de importantes Ministros da Índia para o programa do etanol, como o Ministro do Petróleo e Gás, Hardeep Singh Puri, e o Ministro dos Transportes, Nitin Jairam Gadkari, foi um sucesso, de acordo com o diretor executivo da Unica, Eduardo Leão de Sousa.
“Ao concluir essa produtiva missão à Índia, sobra entusiasmo no que se refere ao futuro do etanol como uma das soluções relevantes para a descarbonização da matriz de transportes no mundo”, disse.
Segundo Sousa, foi surpreendente presenciar a transformação do país indiano e a velocidade com que o etanol passou a ser percebido como uma alternativa para a descarbonização da Índia – que hoje é o 3º maior país emissor de CO2 do mundo – e para a redução da dependência do petróleo importado, que representa hoje mais de 80% do seu consumo.
“Nos últimos 8 anos, a mistura de etanol na gasolina saiu de 1,4% para mais de 10%, e segue firme rumo aos 20% até 2025. Além disso, nessa semana, montadoras locais e estrangeiras aproveitaram o salão do automóvel indiano para o lançamento de diversos modelos de carros e motos flex. Uma verdadeira transformação”, comemorou o diretor executivo da Unica.
Próximo passo será o estreitamento da cooperação global entre grandes países produtores de etanol, num esforço conjunto de promoção dos benefícios associados ao seu uso, envolvendo governos e setores privados de países como a Índia, Brasil, EUA e União Europeia, dentre outros.
“Em um ano em que a Índia presidirá o G-20, seguida da presidência do Brasil no próximo ano [em 2024], temos uma oportunidade histórica e única para consolidarmos os biocombustíveis como solução disponível, economicamente viável e ambientalmente sustentável para endereçar os grandes desafios globais deste século”, destacou Sousa.
Natália Cherubin para RPAnews
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