A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) participa da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro, com a missão de reforçar o papel dos combustíveis sustentáveis como soluções imediatas e escaláveis para a transição energética global.
Com presença institucional na Blue Zone, a entidade integra a iniciativa Brazilian Sustainable Transportation, formada em parceria com outras 12 associações setoriais: Abiove, Abiogás, Abipeças, AEA, Anfavea, Aprobio, Bioenergia Brasil, IQA, Instituto MBCBrasil, SAE Brasil, Ubrabio e UNEM.
Ao longo das próximas duas semanas, a UNICA participará de uma ampla agenda de debates, articulações internacionais e diálogos técnicos com governos, especialistas e representantes do setor privado, levando à COP30 a experiência brasileira na construção de uma economia de baixo carbono.
“O clima não pode esperar por soluções que ainda dependem de décadas de maturação. O mundo precisa, agora, daquilo que já entrega redução de emissões em escala — e é exatamente isso que os biocombustíveis sustentáveis oferecem”, afirma Evandro Gussi, presidente da UNICA.
Brasil como referência global
Segundo Gussi, o Brasil reúne as condições ideais para liderar a expansão mundial dos combustíveis sustentáveis, combinando alta produtividade agrícola, inovação tecnológica e políticas públicas sólidas que asseguram segurança jurídica e ambiental. Esses fatores, destaca, tornam o país uma referência concreta para outras nações que buscam acelerar a descarbonização de suas matrizes energéticas.
A COP30 marca também um novo capítulo na transição global “away from fossil fuels”, com foco em reduzir progressivamente o uso de combustíveis fósseis. Nesse cenário, ganha destaque o Belém 4X Pledge on Sustainable Fuels, compromisso internacional que visa quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis até 2035.
O documento, considerado uma das principais iniciativas multilaterais da conferência, conta com a adesão de 19 países: Armênia, Belarus, Brasil, Canadá, Chile, Guatemala, Guiné, Índia, Itália, Japão, Maldivas, México, Moçambique, Myanmar, Países Baixos, Panamá, Coreia do Norte, Sudão e Zâmbia.
Com sua atuação em Belém, a UNICA busca reafirmar o protagonismo do Brasil como exemplo de governança socioambiental e de transição energética baseada em soluções já disponíveis — e comprovadamente eficazes — para enfrentar a crise climática.

