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Bioenergia

Volume de CBios registrados equivale a quase 55% do projetado; indefinição segura negócios

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De acordo com a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), o montante de créditos de descarbonização, os Cbios, já registrados “é superior a muitas das sugestões apresentadas por diversas distribuidoras na consulta pública”. “Contudo, apesar da elevada oferta de CBios, a indefinição das metas tem afetado severamente o volume de negócios, que ainda permanecesse em ritmo muito aquém do esperado, com apenas 4,5% do estoque disponível comercializado”, afirma entidade.

“Até o momento, apenas 322,1 mil créditos foram adquiridos por distribuidoras e 33,4 mil pela parte não obrigada, ou seja, agentes que compraram os CBios voluntariamente com intuito de reduzir as emissões de suas atividades.”

Conforme a Unica, dados publicados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram que desde o início do RenovaBio, no final de dezembro de 2019, até 31 de agosto de 2020, foi registrada a emissão de lastro para 7,8 milhões de Cbios.

“A quantidade representa quase 55% da meta para o ano de 2020 que foi proposta pelo MME (Ministério de Minas e Energia) na consulta pública Nº 94/2020, que trata das metas compulsórias anuais de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa no âmbito do Política Nacional de Biocombustíveis – RenovaBio”, diz a Unica.

Ainda de acordo com a associação da indústria, o RenovaBio já conta 222 produtores certificados, sendo 200 empresas de etanol, 21 de biodiesel e uma dedicada ao biometano. “No caso do etanol, esse número indica que cerca de 80% da capacidade de produção do renovável está apta a gerar créditos de descarbonização de acordo com a legislação vigente.”

Para o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, o ritmo de aquisição dos créditos de descarbonização por parte das distribuidoras “tem exigido ampliação do esforço dos produtores” para ofertar os títulos.

“Eles continuam arcando com os custos de certificação, validação e escrituração dos títulos sem contrapartida com receita”, afirmou. “Esperamos que o ritmo de comercialização se acelere assim que as metas revisadas sejam publicadas. O mercado está pronto e o produtor vai continuar contribuindo com a descarbonização e ofertando Cbios.”.

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