Home Últimas Notícias Zilor faz captação de 300 milhões em debêntures para alongamento de dívidas
Últimas Notícias

Zilor faz captação de 300 milhões em debêntures para alongamento de dívidas

A moagem de cana da Zilor somou 4,2 milhões de toneladas no 1T26, alta de 5,2% frente ao mesmo período da safra anterior.
Compartilhar

A companhia sucroenergética Zilor, com três unidades produtoras de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, fez a captação de R$ 300 milhões em emissão de debêntures como estratégia de alongamento de dívidas. Conforme Fato Relevante da companhia, a empresa vai usar parte dos recursos para apoiar seus investimentos nas lavouras de cana-de-açúcar.

A quarta emissão de debêntures, incentivadas e não conversíveis, foram intermediadas pelo banco Itaú BBA, e têm prazo de sete anos, carência de quatro anos, e taxa equivalente ao IPCA+7,3%. Com a emissão dos títulos de dívida, o prazo médio das dívidas da Zilor subirá de 3,4 anos para 4,1 anos. Os novos recursos representam agora 10% da dívida total da companhia.

A emissão pública, realizada por sua subsidiária Açucareira Quatá, teve o Itaú BBA como coordenador líder e registro automático, pela resolução CVM 160.

De acordo com Marcos Arruda, diretor financeiro da Zilor para o Globo Rural, a empresa optou por uma emissão de debênture pela “rapidez” do processo em relação a outras operações, como uma emissão de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), por exemplo. “Calculamos que ia ser mais eficiente em condições e na agilidade para operação”, disse o executivo à reportagem.

A Zilor está encerrando a safra 2023/24 com vários recordes industriais, entre eles o de moagem de cana-de-açúcar, que alcançou 11,4 milhões de toneladas, 8% acima da temporada anterior. Apenas na primeira metade da safra, a receita líquida cresceu 3% na comparação anual, para R$ 1,7 bilhão, e o lucro líquido mais do que dobrou, para R$ 436 milhões.

No balanço do segundo trimestre, a Zilor informou que estava “sempre avaliando oportunidades de financiamento de longo prazo e com condições atrativas para financiamento de seus negócios e projetos”.

Nos últimos anos, a companhia vinha focada na redução de sua alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda), que no fim do segundo trimestre da safra chegou a 1,68 vez, abaixo do patamar de um ano antes.

Mas o esforço para reduzir a alavancagem foi interrompido com a decisão da Zilor de investir na expansão da capacidade de cogeração de energia das usinas São José, em Macatuba (SP) e Barra Grande, em Lençóis Paulista (SP).

A expansão da planta de cogeração da Usina São José foi concluída em abril do ano passado. Já a ampliação da unidade de cogeração da Usina Barra Grande, que deve ser concluída em abril deste ano, afirmou Fabiano Zillo, CEO da companhia, à reportagem. A companhia investiu R$ 422,7 milhões nos projetos de cogeração desde o início da safra até o fim do segundo trimestre.

“A ampliação da cogeração é fundamental para estabilizar a geração de caixa”, argumentou. Em seis meses, a receita com energia elétrica representou 7% da receita do período.

Compartilhar
Artigo Relacionado
Últimas Notícias

Comemoração dos 50 anos do Proálcool reúne líderes e autoridades em São Paulo

Com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e...

Últimas Notícias

Exportação de etanol dos EUA recebe apoio de pagamentos do governo, diz diretor da ISO

Os subsídios do governo dos Estados Unidos aos produtores de milho estão...

Últimas NotíciasDestaque

Justiça bloqueia R$ 379,5 milhões da usina de etanol investigada por sonegação em Mato Grosso

O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira-MT) obteve decisão judicial que...

Últimas Notícias

Preços do açúcar cristal recuam no mercado spot de São Paulo

Levantamento do Cepea mostra que os preços médios do açúcar cristal branco...