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Cooperativa Pindorama produz etanol de sorgo em usina flex
A Cooperativa Pindorama tem apostado no sorgo, cereal que custa 50% menos do que o milho, como matéria-prima para a produção de etanol em sua usina flex em Coruripe (AL). Segundo a companhia, o sorgo tem se destacado no setor agropecuário e bioenergético por ser produtivo e de fácil adaptação a diversos ambientes, além de ter grande utilidade para vários fins comerciais.
A fase de teste da produção do etanol a partir do sorgo foi iniciada no dia 13 de dezembro de 2023. Além do etanol, o sorgo gera o subproduto WDG, utilizado para nutrição animal.
De acordo com o presidente da cooperativa, Klécio Santos, a diretoria já tinha colocado o sorgo como possibilidade de matéria-prima, antes de usar milho para fabricar etanol. “Em algum momento em que a saca do milho pudesse estar com o preço elevado, poderíamos ter uma outra alternativa, a de produção do álcool a partir do sorgo”, comentou.
Para Santos, o uso do sorgo é uma “grande sacada” da cooperativa, pois os preços não sobem como os do milho. “Esse é o caminho”, pontuou.
Além disso, segundo o químico José Valdo da Silva, que atua como coordenador de processos químicos da unidade de etanol de milho da Pindorama, o sorgo é mais resistente à estiagem e a inundações na plantação. Por ser mais tolerante ao calor, ele pode crescer facilmente em solos mais pobres, que não garantem um desenvolvimento adequado ao milho.
“O grão de sorgo é cultivado principalmente em solos semiáridos e áreas secas ao redor do mundo, onde a precipitação anual é menor que 900 mm”, afirmou Silva. Devido ao seu tempo relativamente curto de crescimento, o grão também é adequado para colheita dupla e sistemas de rotação de cultura.