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Açúcar: safra global terá déficit e preços seguem firmes
A expectativa para a safra global de açúcar 2021/22, que tem início em outubro de 2021 e termina em setembro de 2022, é de mais um ano de déficit.
Segundo estimativa do Itaú BBA, do lado da produção mundial, a perspectiva, com exceção do Brasil, é de que os principais países produtores de açúcar aumentem a oferta, se comparado à safra atual.
Na Tailândia, com o açúcar voltando a remunerar o produtor mais do que a mandioca e considerando que as chuvas venham dentro da normalidade, haverá aumento de área de plantio de cana e, consequentemente, maior produção de açúcar. A estimativa de produção é de 9,9 milhões de toneladas, 30% acima da safra anterior.
No caso da Europa, após os problemas com o vírus amarelo na safra 2020/21, alguns países liberaram para a próxima temporada o uso emergencial dos neonicotinóides, o que gerou a expectativa de que a produtividade voltaria aos patamares normais.
Porém, no mês de abril, as baixas temperaturas prejudicaram as beterrabas que já estavam plantadas, e em alguns casos até necessitando replantio, o que poderá afetar a produção final de açúcar.
“Ainda assim, a estimativa é que o total produzido alcance 16,3 milhões de toneladas, crescimento de 5,8% sobre a safra anterior. A produção da Índia na temporada 2020/21 foi boa, e a expectativa é de que haja um ligeiro acréscimo de 200 mil de toneladas na safra 2021/22”, dizem os analistas do Itaú BBA.
Mesmo assumindo o crescimento mais forte da oferta mundial de açúcar, o aumento de consumo mundial de 1,1%, ainda abaixo da média histórica tende a fazer com que o balanço global siga em déficit na safra 2021/22, de aproximadamente 0,9 milhão de toneladas.
Diante disso, a expectativa do banco é de que os preços do adoçante no mercado internacional deverão seguir firmes. “Entretanto, é importante ter no radar que o desequilíbrio de mercado projetado é baixo, o que sugere que qualquer mudança na safra dos principais países produtores ou um recrudescimento da pandemia, que impactaria a demanda, pode alterar a direção das cotações”, afirmam.
Por Natália Cherubin, com informações do Itaú BBA
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