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Coronavírus: como as usinas estão fazendo com seus colaboradores?

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Apesar do momento complicado que o setor sucroenergético vive, com a queda dos preços e da demanda pelo etanol, a expectativa é que ações como a retirada do Pis/Cofins, a volta da Cide, o financiamento de estocagem, e depois disso, o retorno das atividades do país, serão capazes de tirar o setor da dificuldade em que ele se encontra hoje. Essa é a opinião de Alexandre Mendonça de Barros, sócio e consultor da MB Agro.

Em meio a pandemia do Coronavírus (Covid-19), no qual mais casos de pessoas infectadas crescem dia a dia no Brasil, e mediante recomendações do Ministério da Saúde e de Secretarias de Saúde dos Estados, diversas empresas dos mais variados segmentos e também do agronegócio, estão se reorganizando e enviando alguns de seus colaboradores, quando possível, para continuar suas funções de casa, via home-office.

No entanto, não dá para colher e processar cana do quarto ou da sala de casa. Desse modo, muitas usinas sucroenergéticas ainda continuam com suas atividades. Isso porque umas já iniciaram a safra e outras se preparam para isso.

O economista e pesquisador Haroldo Torres, do Pecege (Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas), relatou à RPAnews que as usinas visitadas por ele tanto na semana passada quanto nesta, continuam a funcionar. Inclusive com seu quadro Administrativo de forma presencial.

“Por enquanto, nem mesmo o administrativo das unidades ainda tem feito suas atividades de casa. Mas está funcionando com muitos cuidados, cabe ressaltar. A maior parte das usinas acabou com eventos, reuniões presenciais e situação de aglomeração, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, afirma.

Wesley Monteiro Martinez, gerente de RH na Diana Bioenergia, usina localizada em Avanhadava, SP, afirmou para a RPAnews que a pandemia realmente está assustando a todos e pegou a unidade de surpresa. “Não só nós, mas diversas outras empresas ainda estão se mobilizando para conscientização que é única medida por hora.”

Contudo, segundo ele, a Diana Bioenergia adotou as seguintes ações:

1. Divulgação do tema em todos os veículos de circulação interna e externa da Companhia;

2. Produção de material educativo sobre os sintomas da Covi-19 e as precauções para evitar a disseminação;

3. Conscientização para evitar os cumprimentos;

4. Uso de álcool gel;

5. Aumentar a frequência da higienização dos transportes oferecidos pela a usina;

6. Reuniões e treinamentos foram suspensos por tempo indeterminado;

7. Orientação para que todos os colaboradores que apresentarem os sintomas (tosse, estado febril, falta de ar) sejam avaliados pelo setor de Medicina;

8. Orientação para que todos os colaboradores que viajarem para locais mais afetados notifiquem o setor da Medicina com antecedência para avalição;

9. Os colaboradores estão sendo orientados também que, ao apresentar os sintomas não devem utilizar o transporte da empresa e procurar o setor de saúde mais próximo se sua residência;

10. Suspensos a coleta da digital em todos os relógios de ponto;

Segundo Ricardo Pinto, sócio-diretor da RPA Consultoria, algumas unidades, por conta de uma situação mais rigorosa de isolamento entre pessoas, até poderá postergar o início da safra aguardando uma melhora na situação. Contudo, esta postergação tem limite, de talvez aproximadamente 15 dias.

“Acredito que as usinas já estão começando a safra e se estruturando para evitar aglomerações de funcionários, reunião de início de turno, DDS (diálogo diário de segurança), ginástica laboral etc”, finaliza Ricardo.

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