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UNICA: PL que discute a fabricação e venda de carros a diesel está na contramão da sustentabilidade

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– A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) contesta a continuidade do processo de aprovação, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei nº 1.013/2011, que autoriza a fabricação e venda de veículos leves movidos a óleo diesel. A liberação no uso desses automóveis certamente vai na direção contrária ao compromisso ambiental que o Brasil assumiu no acordo global do clima. Na 22ª Conferência do Clima (COP22), realizada no Marrocos neste mês, quase 200 países, dentre eles o Brasil, estiveram presentes para defender suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. 

 

Estudos internacionais atribuem às partículas finas do diesel cerca de 3% dos óbitos globais causados por doenças cardiovasculares, 5% dos cânceres de pulmão e 3% das mortes em crianças até cinco anos de idade. “O aumento da emissão de partículas de diesel é preocupante sob o ponto de vista do aquecimento global e o da saúde pública. As partículas retêm o calor e, apesar de terem um efeito local, contribuem para o aumento de temperatura do planeta. Os veículos a diesel são a maior fonte emissora de NOx (óxidos de nitrogênio), que após passar por reações químicas e fotoquímicas na atmosfera com outros poluentes, contribuem para a formação de substâncias, como o ozônio, na baixa atmosfera, ou seja, um gás de efeito estufa e  danoso à saúde”, explica Alfred Szwarc, consultor de Emissões e Tecnologia da UNICA.

 

Além da questão ambiental, ao permitir a volta do uso deste combustível fóssil na frota de carros de passeio, a oferta interna será ainda mais insuficiente, resultando na necessidade de aumentar a importação, com consequentes impactos negativos para a balança comercial brasileira.

 

A UNICA é uma das signatárias do Manifestocontra o PL elaborado, em junho deste ano, pelo Observatório do Clima, que defende o meio ambiente e a saúde pública. Assim como a entidade, inúmeros médicos, cientistas especialistas em poluição atmosférica, instituições de pesquisa, organizações ambientalistas e de defesa do consumidor e empresários, além de cinco ex-ministros do Meio Ambiente – Rubens Ricupero, José Carlos Carvalho, Marina Silva, Carlos Minc e Izabella Teixeira – também assinam o documento.

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