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BP muda portfólio global e renova aposta em energias renováveis

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A BP investiu US$ 5 milhões na FreeWire, uma fabricante de sistemas rápidos para carregamento de carros elétricos; a tecnologia deve ser testada na Europa já em 2018.

As gigantes mundiais do setor de energia enfrentam uma pressão crescente dos investidores e de ativistas ambientais. Inclusive, há quem considere que o crescimento dos combustíveis fósseis está em risco devido ao endurecimento das regulações climáticas pelos governos e à proliferação de fontes renováveis. Para a BP e muitos pares, a perspectiva de queda na demanda por petróleo gerou um foco maior no gás natural como ponte para um futuro com energia mais limpa.

O gás será “o hidrocarboneto de mais rápido crescimento no mundo nos próximos 20 a 30 anos”, disse Bernard Looney, chefe da divisão de upstream da empresa, em conferência em Florença, na Itália. “Por isso, vocês nos verão mudando e ampliando nossa posição no gás”, entre outros negócios. A BP também anunciou nesta terça-feira um investimento na empresa de recarga de carros elétricos FreeWire.

Sobre a aquisição da FreeWire, o diretor executivo da BP Downstream, Tufan Erginbilgic, comentou: “A mobilidade está mudando e a BP está comprometida em permanecer uma escolha para comercialização de combustíveis no futuro. O carregamento de veículos elétricos está, sem dúvida, se tornando uma parte importante dos nossos negócios, mas a demanda dos consumidores e a disponibilidade de tecnologias ainda estão evoluindo”.

Petróleo

A BP mira um futuro longe do petróleo e admite que parte dele permanecerá inexplorada. “Nem todos os barris de petróleo do mundo serão produzidos”, disse Bernard Looney. “Enfrentamos concorrência de fontes alternativas de energia como nunca”.

Os comentários do chefe de upstream expandem um alerta da BP de um ano atrás, quando a petroleira informou que a oferta de petróleo continuará abundante nas próximas décadas e que a demanda poderá atingir um pico em meados da década de 2040. No entanto, em maio o economista-chefe da empresa, Spencer Dale, rejeitou a tese de que a própria empresa ficará com os ativos que não puder explorar. As declarações de Looney desta terça-feira não repetiram essa certeza.

“Temos mais petróleo do que o mundo precisa”, disse. “A mudança é estrutural. A mudança veio para ficar e, pelo menos do nosso ponto de vista, a competitividade é o caminho a seguir”. (Bloomberg)

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